2

Atlético anuncia a contratação do técnico Eduardo Coudet

Treinador argentino de 48 anos chega a Belo Horizonte com a missão de reconduzir o Galo ao caminho dos grandes títulos; contrato vai até dezembro de 2024

19/11/2022 18:10 / atualizado em 19/11/2022 23:50
compartilhe
Eduardo Coudet é o novo técnico do Atlético; técnico argentino posou ao lado do gerente de futebol Victor e do diretor de futebol Rodrigo Caetano
foto: Divulgação

Eduardo Coudet é o novo técnico do Atlético; técnico argentino posou ao lado do gerente de futebol Victor e do diretor de futebol Rodrigo Caetano


Novo comandante definido! O Atlético anunciou, na noite deste sábado (19/11), a contratação do técnico argentino Eduardo Coudet, de 48 anos. O sucessor de Cuca chega a Belo Horizonte com contrato válido até dezembro de 2024.



Nascido em Buenos Aires, capital da Argentina, Coudet iniciou a carreira como jogador de futebol no Platense. Em seu país natal, o ex-meia teve passagens por Rosario Central, San Lorenzo, River Plate e Colón. No exterior, jogou no Celta de Vigo (Espanha), no San Luis (México), no Necaxa (México), no Philadelphia Union (Estados Unidos) e no Fort Lauderdale Strikers (Estados Unidos).

A carreira como treinador teve início em 2015, no Rosario Central, onde é tido como ídolo. Depois, Coudet trabalhou no Tijuana (México), no Racing (Argentina), no Internacional e, por último, no Celta de Vigo.

O trabalho mais marcante fora das quatro linhas foi, sem dúvidas, sob o comando do Racing. Com o clube, Coudet conquistou o Campeonato Argentino da temporada 2018/19 e a Superliga Argentina de 2019.

De personalidade extravagante e bastante ativa na beira do gramado, Coudet foi diversas vezes comparado a nomes como Jürgen Klopp e Marcelo Bielsa pela maneira de enxergar o futebol. O argentino de 48 anos tem uma filosofia ofensiva e é reconhecido pelo alto nível de exigência que impõe sobre seus atletas.

No Atlético, Eduardo Coudet terá o desafio de conduzir um dos melhores elencos do país de volta ao caminho das grandes conquistas. Após um 2021 multivitorioso, o Galo decepcionou em 2022 e encerrou o ano “somente” com as conquistas da Supercopa do Brasil e do Campeonato Mineiro.

Trabalho no Inter e relação com Rodrigo Caetano


Na última quarta-feira (16/11), o diretor de futebol Rodrigo Caetano, do Atlético, explicou a saída do argentino Eduardo Coudet do comando do Internacional em 2020. Na avaliação do dirigente, o desgaste no Colorado foi gerado pela distância entre expectativa e realidade. O diretor alega que o clube gaúcho não teve condições de cumprir o que prometeu a Coudet em dezembro de 2019, quando o argentino foi contratado.

"Em relação ao Coudet, na verdade, foi uma questão de filosofia na época do Internacional. Quando nós contratamos o Eduardo Coudet, no final de 2019, ele assumiu em janeiro de 2020. Todos nós sabemos a catástrofe que aconteceu a partir de março de 2020 com a vinda da pandemia", relembrou.

"Foi ali que nós, no Internacional, se já não tínhamos muitas condições financeiras, elas inverteram a lógica. Teve época de redução salarial de todos os funcionários e atletas, e a gente não teve condições de atender o Coudet naquilo que havia sido proposto no início", acrescentou Rodrigo Caetano.



Mesmo tendo trabalhado por menos de um ano no Internacional, o comando de Coudet foi bem avaliado pelo mundo da bola. Em 46 jogos na direção do Colorado, o argentino teve 24 vitórias, 13 empates e nove derrotas. Naquela temporada, o Inter viria a ser vice-campeão brasileiro, com um ponto a menos que o Flamengo.

A saída de Coudet, no entanto, se deu ainda em novembro de 2020 - antes do fim da temporada. O atual diretor de futebol do Atlético relembrou o desgaste entre o técnico e a diretoria pelo nível de investimentos, mas garantiu que não há nenhum tipo de mágoa e ressaltou: "Nós mantivemos contato muitas e muitas vezes".

"Era o que se podia fazer na época. Aí, o Coudet não se sentiu satisfeito com isso e teve uma proposta do Celta de Vigo. Pagou a sua multa, rescindiu e foi. Depois disso, nós mantivemos contato muitas e muitas vezes. É um grande treinador sim, mas eu volto a dizer: eu acho que toda essa situação ocorreu por conta da pandemia. Ele sempre me disse: 'Eu vou para o Brasil para ser campeão, para disputar título'. Como a janela fechou na época, e nós não fizemos grandes movimentos, por questões óbvias, ele optou por sair. Foi isso", encerrou Caetano.
Compartilhe