
Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético
"Poderia ter sido pior". Essas foram as palavras utilizadas por Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético, para avaliar o Grupo G da Copa Libertadores. Na chave, o Galo está junto de Athletico Paranaense, Libertad (Paraguai) e Alianza Lima (Peru).
Na noite da última segunda-feira (27/3), o Galo conheceu seus adversários na fase de grupos do principal torneio do continente. Em entrevista concedida ao ge.globo após o sorteio realizado pela Conmebol em Luque, no Paraguai, Rodrigo Caetano avaliou cada rival da chave.
"Não dá para qualificar como grupo da morte, não. Tem outros grupos difíceis também. O nosso é um grupo equilibrado, porque são equipes já acostumadas a jogar essa competição. O Alianza Lima tem muita tradição no Peru e é um dos clubes de maior torcida. O Libertad não é um clube de torcida, mas muito organizado, onde o poder financeiro se equivale muito a de Olimpia e Cerro Porteño - às vezes, até superando. O Athletico já é um tradicional adversário nos últimos anos. Fizemos final de Copa do Brasil", analisou.
"Eu acho que não tinha como ser bom nem ótimo. Foi um grupo difícil, que era o que nos esperava, porque nós mesmos buscamos esse caminho difícil no momento em que nós não nos classificamos diretamente e não nos tornamos cabeça de chave. Nos resta agora avaliar bem os adversários, nos prepararmos bem e fazer uma grande fase de grupos", acrescentou Caetano.
Logística na Libertadores
O Atlético deve viajar, ao todo, cerca de 15 mil km na fase de grupos da Copa Libertadores. Essa será a segunda menor distância percorrida entre os clubes brasileiros que disputarão o principal torneio do continente. Caetano comemorou o fato.
"Na verdade, em termos de logística, também facilita bastante, porque vamos jogar em duas capitais: tanto em Assunção como em Lima. Sairíamos também para Curitiba. Sem dúvida nenhuma, na questão logística favorece. Mesmo sendo Lima, hoje você tem uma ótima condição no Atlético, porque nós só fazemos voos fretados. Isso, por mais que tenhamos a distância, temos a facilitação de um certo conforto e descanso para os atletas, porque muito mais do que a ida, nós nos preocupamos com a volta, com a recuperação", enfatizou.
Por fim, o diretor de futebol do Galo também ressaltou o "espírito de Libertadores", que já toma conta do plantel do Atlético. O Alvinegro passou por Carabobo (Venezuela) e Millonarios (Colômbia) nas fases preliminares.
"Como nós já estamos na Libertadores, passamos por dois mata-matas... É o que eu tenho repetido: o foco do elenco e o espírito de Libertadores já existem. Vamos dar sequência a partir do dia 5", encerrou Caetano.