O Conselho Deliberativo do Atlético aprovou na noite de segunda-feira (4/4), por unanimidade, a proposta da Liga Forte Futebol (LFF). Para o vice-presidente do Galo, José Murilo Procópio, os conselheiros do clube entenderam que é preciso criar uma liga que seja democrática e que combata os privilégios de times de Rio de Janeiro e São Paulo.
"A escolha pela Liga Forte Futebol ocorreu porque ela é mais viável para o bem do futebol brasileiro, não pensamos apenas no Atlético, mas também na coletividade. A outra liga é muito desproporcional, alguns clubes ganhariam muito mais, enquanto outros continuariam a receber menos. Na nossa liga, a diferença é pequena. Então, pensamos em termos de equidade, uma liga mais democrática. E o pensamento de todos foi unânime", disse o dirigente, em entrevista ao Superesportes.
José Murilo Procópio não descarta um acerto futuro entre as ligas. Nas últimas semanas, a Libra refez os cálculos e busca um acordo com a LFF sobre a divisão orçamentária proposta para os clubes das Séries A e B.
"Nosso grupo são 26 clubes, temos lugares até para 40. Ainda tem tempo para eles aderirem. Nós já temos candidato forte para poder nos pagar pelos direitos de TV. No futuro, pode haver consenso dentro do critério que nós queremos, que é dar mais igualdade aos clubes que participem do Campeonato Brasileiro. Na outra liga, estão favorecendo dois, três ou quatro. Não achamos que este é o melhor caminho", destacou.
Divisão das receitas da LFF
A LFF estabeleceu modelo de divisão das receitas da seguinte forma:
- 45% de maneira igualitária
- 30% de acordo com o desempenho
- 25% com base no apelo comercial de cada time
A LFF entende que a diferença entre a maior e a menor cota de TV não fique acima de 3,5 vezes (teto), podendo chegar a 2,8 (nível ideal).
A Liga encaminhou acordo para negociar 20% dos direitos televisivos por 50 anos com recebimento antecipado. O Galo ficaria com cerca de R$ 200 milhões por essa parcela.
A Liga encaminhou acordo para negociar 20% dos direitos televisivos por 50 anos com recebimento antecipado. O Galo ficaria com cerca de R$ 200 milhões por essa parcela.
Libra
A Libra refez a sua a distribuição com os mesmos percentuais exigidos pela LFF:
- 45% do total das receitas será distribuído de forma igualitária
- 30% medidos pela performance
- 25% por engajamento (audiência ponderada)
A diferença máxima entre clubes seria de 3,34 vezes. Em um primeiro momento, a Libra calculava 4,88. A Série B receberia 15% do percentual total arrecadado - 3% a menos em relação à LFF.
Com proposta de cerca de R$ 4,7 bilhões do fundo Mubadala para venda de 20% dos direitos dos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B por 50 anos, a Libra já criou um esboço para divisão do dinheiro. Veja quanto os clubes receberiam pela parcela negociada na galeria abaixo:
Integrantes
Atualmente, a Libra é composta por 18 clubes. São eles: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.