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Atlético: jornal da Itália dá destaque a Reinaldo em reportagem

Gazzetta dello Sport fez reportagem sobre os jogadores de futebol que explicitaram posições políticas em campo. Um dos destaques da matéria é o ídolo do Galo

18/04/2023 09:10 / atualizado em 18/04/2023 14:49
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Maior jornal de esportes da Itália coloca Reinaldo em destaque
foto: REPRODUÇÃO

Maior jornal de esportes da Itália coloca Reinaldo em destaque



Maior jornal de esportes da Itália, a Gazzetta dello Sport fez reportagem sobre os jogadores de futebol que explicitaram posições políticas em campo. Um dos destaques da matéria é Reinaldo, ídolo do Atlético. 

"Sollier, Chinaglia, Reinaldo...: quando os gols são jogados na política", diz o título da reportagem.



"Eles jogam dentro de campo, eles jogam na política. Gol e ideologias, segue-se um debate. Bombardeios alinhados, não apenas no meio-campo. Eles trocam de camisa, mas nunca de fé política. Quase nunca: do punho cerrado [Reinaldo] aos "Irmãos de Itália" [partido político italiano], gols, obras e chutes de Zampagna [artilheiro e militante da esquerda italiana], acrobata de gols e pensamento político. Antes dele, outros foram os bombardeiros que - além da bandeira do próprio time - agitaram a do partido", diz a reportagem. 

Os destaques da matéria são Paolo Sollier, Giorgio Chinaglia e Reinaldo.

Sollier é um ex-meio-campista comunista italiano que atuou por Cinzano, Cossattese, Pro Vercelli, Perugia, Rimini e Biellese. Nunca foi um jogador de destaque, mas conseguiu ser notado por quase sempre entrar em campo com o braço erguido e os punhos cerrados.

"Quando entrei no futebol, fui criticado por conciliar o meu salário com o fato de ser militante de esquerda, embora o que eu ganhasse fosse o equivalente ao que um empregado comum recebia em qualquer lugar. O gesto com o punho alçado não era propaganda comunista, servia para eu me lembrar sempre das minhas origens e para mostrar aos meus amigos que continuava o mesmo. Era assim que eu os cumprimentava nos campinhos da juventude. Ao mesmo tempo, sabia que eu era uma exceção no futebol e para mim era normal levar a minha ideologia ao trabalho que amava", disse Sollier, em uma entrevista traduzida pelo site Calciopedia.

O outro jogador italiano é Giorgio Chinaglia, ídolo da Lazio nos anos 1970 e companheiro de Pelé no New York Cosmos. Ele era boêmio e ligado ao time que representava a extrema-direita italiana. O ditador Benito Mussolini era sócio da Lazio e ainda é admirado por uma ala radical dos torcedores do clube.

Já Reinaldo foi um dos grandes símbolos de resistência no futebol durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Para festejar os tantos gols que marcou na carreira, o 'Rei' da torcida do Atlético erguia o punho cerrado. A comemoração foi inspirada no movimento dos Panteras Negras.

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