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Inquieto e sincero: como Felipão viu Atlético-MG parar em ídolo do Cruzeiro

Estreia no comando do Galo é marcada por chances criadas; Fábio, ex-Cruzeiro e hoje no Fluminense, evita vitória dos mineiros em Volta Redonda

22/06/2023 06:00 / atualizado em 22/06/2023 11:52
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Felipão teve participação ativa à beira do gramado
foto: Foto: Pedro Souza / Atlético

Felipão teve participação ativa à beira do gramado



A estreia de Felipão no Atlético-MG mostrou que, mesmo depois da breve aposentadoria, o técnico segue com o mesmo ritmo de trabalho. Depois da dúvida inicial sobre estar ou não na beira do campo, o treinador não só ficou como permaneceu em pé durante boa parte do empate em 1 a 1 com o Fluminense. E mostrou a inquietude de sempre. Andou de um lado para o outro, passou instruções, reclamou e, no final, saiu insatisfeito com o placar.

Até a chegada do Atlético-MG ao Raulino de Oliveira, não se sabia se Felipão estaria ou não na beira do gramado. A informação inicial era de que o auxiliar Lucas Gonçalves comandaria o time. No entanto, no estádio, ficou definido que os dois "dividiram" o comando do time. Mas o que se viu foi um Felipão muito atuante, mesmo sem nem se quer ter treinado com o elenco. 

Felipão ficou em pé na beira do campo desde o começo do jogo. Apesar de muitas vezes ter ficado parado, ele também andou dentro da área técnica, acompanhando o time, e, às vezes, ia até o banco, ou para sentar ou para conversar com Lucas Gonçalves. O auxiliar também levantava para conversar com o treinador. Foram poucas as vezes em que Gonçalves ficou sozinho à beira do campo.
 
 
 

Felipão se mostrou ativo no primeiro tempo


Durante a etapa inicial, Felipão foi muito atuante. O principal alvo das "reclamações" era o atacante Pavón, que estava atuando justamente pelo seu lado do campo. O camisa 9 foi cobrado diversas vezes, principalmente para ajudar na marcação de Guga e Keno. Mas as reclamações e cobranças eram em tom ameno.
 
 
 

Um exemplo disso foi o momento do gol do Atlético-MG. Após Guga mandar contra a própria rede, Felipão comemorou com o banco de reservas e, logo em seguida, quando os jogadores ainda comemoravam, o treinador viu um vídeo num tablet com Lucas Gonçalves e chamou Pavón para conversar e passar instruções.

Atlético-MG cria chances, mas esbarra em Fábio


Na segunda etapa, Felipão foi mais comedido. Enquanto o Atlético-MG perdia chances no ataque, o treinador mais acompanhou o jogo e, de vez em quando, passava instruções aos jogadores. Felipão só se exaltou um pouco mais no fim da partida, quando o jogo ficou parado enquanto o VAR analisava um possível pênalti para o Fluminense. Ele também reclamou, de forma comedida, da arbitragem no momento da confusão entre os jogadores dos dois times e os acréscimos dados pelo juiz.
 

Felipão saiu de campo insatisfeito com o empate e, logo na saída do túnel do campo para o vestiário, o diretor de futebol Rodrigo Caetano o cumprimentou e o tranquilizou, reforçando que o time jogou bem e conquistou um ponto importante. A vitória esbarrou na grande atuação de Fábio, ex-goleiro e ídolo do Cruzeiro. 


Felipão é sincero ao tratar de temas polêmicos


Após um longa demora, Felipão apareceu para a coletiva de imprensa e brincou sobre a estrutura do estádio Raulino de Oliveira. Ele fez uma "careta" de insatisfação ao chegar na sala de aquecimento do vestiário, e ver que a entrevista seria dada em uma mesa e cadeira de plástico.

Na coletiva, Felipão não fugiu de perguntas e mostrou sinceridade ao falar de pontos polêmicos, como a saída do Athletico e as movimentos do Atlético-MG na janela de transferências. E ele deixou explícito o que já era possível saber desde o começo: ele chegou no Galo com muita vontade de trabalhar e com muito prazer de voltar a estar na beira do campo.

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