Botafogo: como Castro conseguiu dar padrão ao time enquanto roda o elenco

 

O Botafogo vive uma intensa maratona de jogos desde abril. E a sequência se intensificou ainda mais neste mês de maio, com jogos decisivos pela Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, além, é claro, do Campeonato Brasileiro. E, em meio a tantas partidas, o técnico Luís Castro também aumentou o rodízio no time titular. Já são oito partidas seguidas sem repetir o time. E já está certo que este número chegará, ao menos, até nove. E o que tem chamado a atenção nesta maratona é que, mesmo com muitas mudanças, o time mantém um padrão de jogo.

 

A última vez em que Luís Castro repetiu o time titular aconteceu nas vitórias sobre o César Vallejo e o Bahia, no fim de abril. Com o meia Gabriel Pires fora dos relacionados para a partida da próxima quinta-feira (25), pela Sul-Americana, já é certo que o Castro também não vai repetir o time titular que venceu o Fluminense por 1 a 0, no último sábado, pelo Brasileirão. Mas essa mudança não deve preocupar o torcedor alvinegro. Mesmo com oito escalações diferentes nos últimos oito jogos, o Botafogo tem mantido o mesmo padrão de jogo. Ou, ao menos, algo muito próximo de um mesmo estilo de jogo.

 

Mesmo nas derrotas para o Goiás, pelo Brasileiro, e o Athletico-PR, pela Copa do Brasil, o time do Botafogo manteve o mesmo estilo que tem caracterizado o trabalho de Luís Castro neste ano, com menos posse de bola, menos passes e mais transições rápidas para chegar na área adversária. O time pode oscilar tecnicamente, até mesmo pelo elenco ainda não ser tão homogêneo, mas o padrão de jogo da equipe é visível e não muda com as alterações no time titular. 

 

Partiu defender o Glorioso em mais uma batalha pela Sul-Americana! %uD83D%uDD25%uD83C%uDF0E #VamosBOTAFOGO

%uD83D%uDCF8 Vítor Silva/ BFR pic.twitter.com/MQhF8I1MAU

%u2014 Botafogo F.R. (@Botafogo) May 23, 2023

 

Além dos méritos do técnico Luís Castro e da diretoria do Botafogo, que bancou o treinador mesmo em momentos de pressão, os jogadores também tem feito as respectivas partes. Em praticamente todas as entrevistas em que o tema é abordado, os atletas do clube externam terem comprado a ideia do revezamento do elenco. Na última terça-feira, em coletiva, o volante Marlon Freitas ainda ressaltou que as mudanças aumentam a competitividade.

- É sempre bom estar disputando várias competições, e a gente vem mostrando que não tem um time, mas um grupo. Vários jogadores fazendo o máximo, dando o seu melhor. Isso dá confiança para o mister mudar a escalação. Todo mundo se empenhando, se ajudando. Essa competitividade é muito boa - disse Marlon Freitas.

- É muito bom para todos nós. Sempre fala para todos estarem preparados porque a oportunidade vai chegar. Contra o Atlético-MG foi o time praticamente todo de suplentes. Acho que surpreendeu muita gente a escalação, o desempenho e o resultado em si - completou o volante.

Com a expectativa pelo retorno de jogadores que estão lesionados, é provável que, depois do jogo contra o César Vallejo, o time também seja modificado para a partida contra o América-MG, no domingo (28), pelo Campeonato Brasileiro. E, assim, o Botafogo vai vivendo e pensando um duelo de cada vez. Mas sem deixar de manter o padrão do time que entra em campo.