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Cruzeiro: Rômulo revela mensagem de Luxemburgo e questiona decisão de Kalil

'A gente gostaria de explicações mais claras em relação ao fechamento dos estádios, já que tem coisas abertas, funcionando normalmente', disse o jogador

26/08/2021 11:22 / atualizado em 26/08/2021 12:23
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Rômulo fez elogios ao técnico Luxemburgo
foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Rômulo fez elogios ao técnico Luxemburgo

O polivalente Rômulo, que tem atuado no meio-campo e na lateral direita, contou que o técnico Vanderlei Luxemburgo só fala no acesso à Série A do Campeonato Brasileiro com os jogadores. O treinador tenta motivar o grupo, mas a tarefa é inglória. De acordo com a UFMG, o Cruzeiro tem 2,3% chances de conseguir uma vaga na elite do futebol brasileiro em 2022.

"A gente sabe que o caminho é muito longo, a gente perdeu muitos pontos no decorrer das rodadas e vamos ter que dar um gás para buscar o acesso. Ele (Luxemburgo) só fala nisso e tem passado essa mensagem para todos nós. Dentro do grupo e do vestiário, não se fala em outra coisa a não ser lutar com todas as forças para conseguir o acesso", disse.

Atualmente, a distância da Raposa para o quarto colocado é de 9 pontos. O Avaí abre o G4, com 33 pontos. O time de Vanderlei Luxemburgo está em 14º lugar, com 24. O líder é o Coritiba, com 39.

Rômulo elogiou a chegada de Luxemburgo ao clube. "As coisas começaram a se encaixar, elas demoraram um pouco, mas estão se encaixando. A gente sabe das dificuldades do clube, sabemos do momento que o clube passa, e temos que nos superar a cada dia, tirar todas as forças para tornar as coisas mais fáceis. Com a chegada do Luxemburgo, a gente não precisa nem comentar, basta ver os números e observar a melhora em todos os sentidos", disse. 

"Ele veio brigando muito pelos jogadores e funcionários para que os compromissos sejam colocados em dia para dar uma segurança para todos os funcionários. E tem dado certo, dentro de campo tem passado toda experiência, tem bagagem muito forte, autoridade muito expressiva para passar para todos nós. As coisas estão acontecendo", acrescentou.


Jogos sem público 


O jogo entre Cruzeiro e Confiança (1 a 0), na sexta-feira passada (20), proporcionou cenas de aglomerações. O esquema feito pela prefeitura para o retorno dos cruzeirenses ao estádio não evitou a formação de grupos sem máscara na entrada do estádio e em frente ao Bar do Peixe, no entorno do Mineirão. Na quarta-feira (18), os atleticanos formaram um mar de gente sem máscara na Pampulha. Tendo isso em vista, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, desaprovou os eventos-testes e vetou o retorno do torcedor. Rômulo pediu explicações sobre este novo posicionamento da PBH.

"Não entendemos o porquê a gente não pode jogar no Mineirão, sendo que tem vários locais públicos com muito mais concentração de pessoas do que em um estádio de futebol, com capacidade reduzida, com todos os protocolos. Eu não vejo problema algum. Mas vamos torcer para que o nosso prefeito tenha bom senso para que ele possa fazer uma reunião com os times para encontrar uma solução".

"A gente gostaria de explicações mais claras em relação ao fechamento dos estádios, já que tem coisas abertas, funcionando normalmente. E um espetáculo como este, se a gente respeitar, obviamente, o protocolo de segurança e sanitário, acho que não teria problema algum e seria um benefício à população. A gente exaltou sim a torcida, eu particularmente, porque sei que com a torcida que a gente tem vai ser um algo a mais. A força que eles nos dão faz toda diferença nesta competição, que é muito difícil. A gente pede que estes conceitos sejam revistos para que a volta ao público seja definitiva", acrescentou.

Arena do Jacaré

Artilheiros do Cruzeiro na Arena do Jacaré


Com o veto de público da PBH, o Cruzeiro deve mandar os jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Rômulo já jogou no estádio em 2010 e 2011, na sua primeira passagem pela Toca da Raposa II.

"Na minha primeira passagem pelo Cruzeiro, nós jogamos todos os jogos na Arena do Jacaré. E a gente fez uma campanha muito legal, muito boa mesmo, ficamos com o vice-campeonato, acabamos perdendo para o Fluminense, em 2010", disse.

"Na Arena do Jacaré, o campo era espetacular, o estádio hiper lotado, a torcida cruzeirense nos dava uma força enorme. Agora, se a gente jogar lá, parece que a capacidade é de 4 mil torcedores, não sabemos se vai ter o mesmo efeito, não sabemos as condições do gramado, mas que a diretoria possa trabalhar para encontrar a melhor solução", acrescentou.

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