Alvimar vê desequilíbrio, mas quer Ronaldo no Cruzeiro: 'Melhor parceiro'

Um dos conselheiros de maior influência no Conselho Deliberativo do Cruzeiro, o ex-presidente Alvimar de Oliveira Costa chamou atenção na reunião de explanação desta quinta-feira (31) por discutir com o atual mandatário, Sérgio Santos Rodrigues, e cobrar transparência nas condições de venda de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) a Ronaldo.

Passado o calor da discussão, Alvimar voltou a pedir a palavra no fim da apresentação no Parque Esportivo do Barro Preto e esclareceu que é favorável em ver Ronaldo como sócio majoritário do clube. A ponderação do ex-presidente foi relativa a um "desequilíbrio" no contrato intermediado pela XP, que respalda mais o ex-jogador do que o Cruzeiro (associação).

"Não tem parceiro melhor que o Ronaldo. Foi de uma felicidade muito grande (a escolha). O Ronaldo tem uma identificação muito grande com o Cruzeiro, começou aqui. (...) Do que a gente está sedento e carente? De informação, de uma informação que nos deixe absolutamente tranquilos, e um contrato que seja mais equilibrado. Nós sentimos que há um desequilíbrio muito grande nesse contrato. O que a gente espera é que prevaleça o bom senso, que associação e Cruzeiro cheguem num denominador comum, que fique bom para as duas", declarou Alvimar na reta final da reunião que mostrou ao conselho o projeto de Ronaldo e as condições econômicas da negociação.

"O que a gente quer é exatamente isso, Gabriel (Lima, chefe da transição de associação para SA), você poderia transmitir isso ao Ronaldo. A gente quer um equilíbrio, ninguém quer barrar ninguém. É um orgulho muito grande pra gente ter o Ronaldo como o nosso maior acionista, não tem a menor dúvida", concluiu Alvimar de Oliveira.

Ainda que o ex-presidente tenha manifestado o desejo de ver mais ajustes no contrato, com mais garantias para o Cruzeiro (associação), a votação de venda da SAF a Ronaldo será na próxima segunda-feira, dia 4 de abril.

A proposta do Fenômeno por 90% da SAF precisará ter aprovação de 90% dos votos.