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Depois de acordo com o STJD, Cruzeiro faz ação contra a LGBTfobia

'Em junho, fortalecendo o mês do orgulho LGBTQIAP+, as bandeirinhas de escanteio e também braçadeira do capitão terão as cores do arco-íris', postou o clube

08/06/2022 18:57 / atualizado em 08/06/2022 19:10
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Cruzeiro adota as cores do arco-íris, que representa o grupo LGBTQIAP+, bandeirinhas de escanteio
foto: Staff Images / Cruzeiro

Cruzeiro adota as cores do arco-íris, que representa o grupo LGBTQIAP+, bandeirinhas de escanteio

Depois de acordo com a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Cruzeiro iniciou as ações contra a LGBTfobia. No jogo contra o CRB, nesta quarta-feira (8), no Mineirão, as bandeirinhas de escanteio e a braçadeira de capitão terão as cores do arco-íris, que representa o grupo LGBTQIAP+.
De acordo com o Cruzeiro, a ação será realizada em todo mês de junho. O acordo com a Procuradoria ainda precisa ser homologado. O clube informou que a ação faz parte do mês de celebração dessas minorias.

"Durante o mês de junho, fortalecendo o mês do orgulho LGBTQIAP , as bandeirinhas de escanteio dos jogos com nosso mando, e também braçadeira do capitão, terão as cores do arco-íris. Ou lutamos contra a LGBTfobia ou somos parte do problema!", postou o Cruzeiro, nas redes sociais.

No jogo contra o Grêmio, no dia 8 de maio, pela Série B, no Independência, torcedores do Cruzeiro cantaram de forma homofóbico: "Arerê, gaúcho dá o c* e fala tchê". Em seguida, os gremistas responderam também com LGBTfobia e machismo: "Maria joga vôlei".

O Cruzeiro foi enquadrado no artigo 243-G, parágrafos 1º e 2º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), pelo canto homofóbico e pelo arremesso de dois copos da arquibancada ao campo de jogo. O clube poderia ser penalizado com multa de R$ 100 a R$ 100 mil, além da perda de três pontos na Série B. Entretanto, a Procuradoria do STJD aceitou a proposta de transação disciplinar feita pelo time mineiro.

A transação disciplinar é uma alternativa judicial em que denunciado (Cruzeiro) e Procuradoria (quem fez a denúncia) buscam um acordo sobre qual a punição adequada. Se houver consenso entre as partes, a penalização será aplicada automaticamente. Se não houver, o caso retorna à votação na Comissão Disciplinar do STJD.

O Grêmio também seria julgado na segunda-feira da última semana (30) por conta de um canto homofóbico. Depois da proposta feita pelo departamento jurídico do Cruzeiro, a representação do clube gaúcho ingressou com um pedido de prazo para que também propusesse a transação disciplinar à Procuradoria. A solicitação foi aceita, e o julgamento acabou suspenso.

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