
De lá para cá, muita coisa mudou no Flu. "Naquela época, em 2013, tínhamos muitos jogadores que vinham de título, jogando Libertadores. Agora temos um grupo com muitos jovens, que estarão experimentando a competição jogando, o clube voltando com esse orgulho e sentimento de satisfação dos torcedores, jogadores, comissão técnica", compara Fred.
O atual elenco, em ascensão desde a reta final do último Brasileirão, é um dos trunfos do Flu para esta Libertadores. O time sofreu poucas mudanças da temporada 2020 para a 2021. E segue com sua mistura de jovens talentos e veteranos consagrados Numa ponta tem garotos como Kayky, de 17 anos, e em outra, Nenê, de 39.
Além disso, o entrosamento foi beneficiado pelas partidas do Campeonato Carioca. Ao contrário dos demais brasileiros da Libertadores, o Flu poupou poucos titulares neste início de temporada. A base montada em 2020 deve se beneficiar dos reforços contratados pela diretoria. Abel Hernández, Cazares e Manoel já poderão aparecer em campo nesta quinta, provavelmente como opções para o segundo tempo. O técnico Roger Machado já indicou que não deve fazer mudanças drásticas para a estreia.
David Braz, infectado pela covid-19, e Raúl Bobadilla ainda não poderão estrear. O estrangeiro não foi inscrito a tempo junto à Conmebol e é a maior baixa do time, uma vez que a diretoria se esforçou para agilizar a documentação nos últimos dias.
Bobadilla, no entanto, poderá ser importante para os confrontos seguintes do difícil Grupo D da Libertadores. Na sequência, o Flu terá pela frente colombianos Independiente Santa Fe e Junior Barranquilla. "Nosso grupo é muito difícil. Logo após o sorteio estávamos conversando: 'Pô, grupo difícil'. Pessoal brincando: 'O que você foi fazer nesse sorteio? Só trouxe pedreira para a gente'. Eu respondi: 'Não estamos disputando o Carioca. Vamos pegar os melhores da América'. E está aí o nosso grupo. Vamos enfrentá-los de igual para igual e que comecemos já com uma grande vitória nessa quinta", comenta Fred.
O duelo desta quinta vai marcar ainda o reencontro do Flu com o Maracanã num jogo da Libertadores. O último disputado no famoso estádio aconteceu em julho de 2008, no segundo jogo daquela final, contra a LDU. O time brasileiro venceu o equatoriano por 3 a 1, mas foi derrotado nas penalidades, ficando com o vice-campeonato.
Nesta quinta, o Flu poderá superar o trauma daquele jogo contra um desfalcado River Plate. O dono de quatro títulos da Libertadores terá as baixas do meia Jorge Carrascal e dos zagueiros Robert Rojas e Javier Pinola. Os dois primeiros vão cumprir suspensão pelas expulsões sofridas diante do Palmeiras, na semifinal de 2020. E Pinola sofreu uma fratura no braço. Além disso, Matías Suárez e Agustín Palavecino são dúvidas porque se recuperam de lesões.
Apesar disso, o River vem em boa fase, há sete jogos sem perder, sendo três vitórias seguidas, a última delas por 5 a 0 sobre o Central Córdoba. O bom momento é fruto do trabalho de longo prazo realizado pelo técnico Marcelo Gallardo, que levou o River à semifinal das últimas quatro edições da Libertadores.