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CLÁSSICO

Torcidas fazem festa em clássico no Mineirão, mas placar final não agrada a ninguém

Duelo terminou empatado por 1 a 1 e foi ruim para ambas as equipes

postado em 18/09/2016 18:27 / atualizado em 18/09/2016 21:11

Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press

Todo mundo cantou, todo mundo pulou, todo mundo sofreu. O clássico entre Cruzeiro e Atlético, no Mineirão, teve grandes ingredientes, que fazem desse jogo um dos mais especiais do futebol mundial. Foram gols, bolas na trave, expulsão, lances polêmicos. E muita festa das torcidas. No entanto, o 1 a 1 no placar final não agradou a ninguém. O time celeste segue perto da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, enquanto o Atlético se distanciou um pouco dos líderes da competição.

Antes mesmo do início do jogo, as arquibancadas do Mineirão já pulsavam o clima do clássico. A minoria atleticana cantava alto, a plenos pulmões. A maioria celeste respondia num barulho ensurdecedor. Na entrada dos times, a guerra dos gritos continuou.

A provocação, tão tradicional em clássicos, não faltou. Do lado celeste, ela veio em lembranças marcantes. Os cruzeirenses provocaram com gestos do famoso '6 a 1' e gritos de 'segunda divisão', relembrando a queda alvinegra em 2006. As provocações atleticanas vieram com a goleada por 9 a 2 e o recente caso polêmico de Riascos.

Quando o jogo começou, os cruzeirenses se exaltavam a cada toque de Ábila na bola. Do lado atleticano, o frisson era por Robinho. E a torcida alvinegra quase vibrou primeiro com o chute de Otero no travessão.

Em um jogo movimentado e quente dentro de campo, os torcedores não paravam. E os alvinegros, que estavam com o grito entalado na garganta, puderam comemorar. Aos 30 minutos, Clayton completou cruzamento perfeito de Fábio Santos e abriu o placar para o Galo. Muita festa da minoria preta e branca no Gigante da Pampulha.

A torcida celeste não parou mesmo com o placar adverso. E quase foi recompensada na reta final do primeiro tempo. A primeira chance veio com Arrascaeta, livre, de cabeça. Depois, em chance inacreditável, Ábila, dentro da pequena área, perdeu. As vaias foram as consequências. E o alvo foi Lucas, que estava na marcação de Fábio Santos na jogada do gol. No entanto, grande parte da torcida celeste resolveu apoiar o jogador, gritando o nome de seu lateral.

Na segunda etapa, o Mineirão continuou da mesma forma. Atleticanos cantando sem parar. Cruzeirenses enlouquecidos. E a tensão aumentou com a primeira substituição do Atlético. Fred, que teve passagem marcante pelo Cruzeiro, foi sacado. A torcida celeste distribuiu uma sonora vaia. Os atleticanos gritaram alto pelo nome do camisa 99.

O Cruzeiro foi para cima do Atlético. Mano Menezes colocou o time para frente. Aos 21 minutos, Ábila recebeu e acertou a trave. Os cruzeirenses vibraram e cantaram por longos minutos sem parar. Do outro lado, a torcida alvinegra não parava.

A pressão do Cruzeiro aumentava. E, no embalo da torcida, o time celeste empatou, em passe de Elber para bela finalização de Robinho. O Mineirão explodiu em azul e branco. A torcida celeste cantou muito, tentando carregar o time rumo à virada. Mas quem voltou a cantar alto foram os atleticanos, após expulsão de Lucas, no fim do jogo. No entanto, não deu tempo para mais nada.