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Caldense diz que Mineirão foi plano D e cita custo do VAR na semifinal

Em nota, Veterana explica escolha 'forçada' pelo Gigante da Pampulha em um dos jogos contra o Atlético, pelo Mineiro, e critica horário da partida

21/03/2022 19:00 / atualizado em 21/03/2022 22:50
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Caldense e Atlético se enfrentaram no Mineirão nesse domingo
foto: Divulgação/Caldense

Caldense e Atlético se enfrentaram no Mineirão nesse domingo

A Caldense emitiu, nesta segunda-feira (21), uma nota de esclarecimento sobre o mando de campo no Mineirão, na semifinal do Campeonato Mineiro, contra o Atlético. O duelo será na quarta-feira (23), às 16h30. De acordo com a Veterana, os altos custos do árbitro de vídeo (VAR) impossibilitam a disputa da partida no estádio Ronaldão, em Poços de Caldas.
 
O clube explica que procurou a Federação Mineira de Futebol (FMF) para verificar a possibilidade da implementação do VAR em seu estádio. Ao saber dos custos, a Caldense ainda contatou empresas e instituições de Poços de Caldas para buscar apoio financeiro, mas não obteve sucesso. Vale lembrar que não houve árbitro de vídeo na primeira fase da competição.
 
Com isso, a Veterana iniciou a busca por alternativas e consultou três estádios antes de definir o Mineirão como ‘palco’ da semifinal. A diretoria consultou o Dilzon Melo, em Varginha; o Manduzão, em Pouso Alegre; e o Independência, em Belo Horizonte.
 
No entanto, as opções foram descartadas por alguns motivos, como logística do VAR, custos com aluguel e entraves com administração. Com isso, o plano D foi mandar o jogo para o Mineirão. 
 
Por fim, o clube também criticou o horário da partida, que será disputada às 16h30, na quarta-feira (23). A Veterana alega que sugeriu o horário de 21h30, mas a entidade mineira acatou a decisão da Globo.
 
“A Caldense indicou o horário de quarta-feira às 21h30 para o duelo, porém a FMF acatou a decisão da Globo Minas, detentora dos direitos de transmissão, e marcou a partida para quarta-feira às 16h30, o que gerou insatisfação da Caldense, justamente por ser um horário que desfavorece a presença de público e, como consequência, aumenta a chance de a receita do jogo apresentar um déficit. Com a falta de alternativas e o tempo passando, a solução foi aceitar mandar o jogo no Mineirão”, lamentou o clube.
 
Inicialmente, a Federação Mineira de Futebol (FMF) havia anunciado o calendário dos confrontos sem especificar se o jogo de ida seria no Mineirão ou no Independência. Nesta segunda-feira, as redes sociais do Gigante da Pampulha oficializaram o palco do duelo.
 
O jogo de volta entre as equipes também será no Mineirão. Com mando atleticano, os times vão se enfrentar às 18h30 do domingo (27).

Por ter tido melhor campanha na fase classificatória, o Galo tem a vantagem de jogar por dois empates ou por uma vitória e uma derrota pela mesma diferença de gols. Quem avançar enfrenta Athletic ou Cruzeiro na decisão.
 
Serão, portanto, três partidas consecutivas entre os times no Mineirão. No último sábado, o Atlético goleou a Caldense por 3 a 0, pela última rodada da fase classificatória do Mineiro.
 

Veja, na íntegra, a nota da Caldense:

 
A Caldense consultou a Federação Mineira de Futebol para verificar a possibilidade de implantação do VAR em Poços de Caldas, para receber o jogo com mando de campo da Veterana na semifinal do Campeonato Mineiro 2022 diante do Atlético-MG, designado para o dia 23 de março.
 
Fomos informados sobre os custos para homologação do árbitro de vídeo no Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, valores consideráveis dentro da realidade do nosso orçamento. Além disso, tínhamos pela frente um curto prazo para instalação e testes necessários dos equipamentos e câmeras junto à IFAB (International Football Association Board), sem contar o tempo de emissão da documentação necessária.
 
Para a realização de grandes eventos como a semifinal do Campeonato Mineiro, são muitos procedimentos, determinações e exigências a serem seguidas. O Athletic, por exemplo, que também irá disputar a semifinal do estadual, fez o investimento de implantar o VAR no Estádio Joaquim Portugal em São João Del Rei. Porém, conforme nota divulgada pelo Athletic, o sistema de iluminação do estádio Joaquim Portugal foi avaliado como insuficiente para atender as necessidades de visibilidade do árbitro de vídeo e o Athletic teve de transferir seu mando de campo para o Mineirão em Belo Horizonte.
 
Na tentativa de encontrar uma solução, a Caldense fez contatos com empresas e instituições da cidade para buscar apoio financeiro, mas com o pouco espaço de tempo até a semifinal, o valor considerável do investimento e o risco de o sistema ser reprovado nos testes de homologação, a diretoria do clube passou a buscar alternativas.
 
Verificou-se a possibilidade de transferir o jogo para o Estádio Dilzon Melo em Varginha, mas o custo do aluguel do estádio e a necessidade de fazer a atualização do sistema de árbitro de vídeo, já presente no estádio, inviabilizou a ação. O Estádio Manduzão em Pouso Alegre também foi sondado, mas enfrentaria as mesmas dificuldades do Ronaldão em relação à instalação do VAR.
 
Dessa forma, a diretoria alviverde teve de recorrer ao “Plano C” e se mobilizar para mandar o jogo em Belo Horizonte, onde já existe o VAR em funcionamento. Apesar de não ser o desejo do clube, que preferia realizar a partida em Poços junto à sua torcida, Belo Horizonte surgiu como uma solução para os impasses.
 
De início a intenção era realizar a partida na Arena Independência, pois os custos de locação são menores do que o Mineirão. Entretanto, a diretoria alviverde foi surpreendida quando recebeu a informação de que o contrato de concessão da Arena Independência com a empresa que gerenciava o estádio havia acabado de ser rescindido e com isso haveria empecilhos para realizar o jogo no local. Tanto é que por esse motivo o confronto entre América-MG e Tombense no último sábado aconteceu no Independência com portões fechados.
 
A diretoria da Veterana então manteve conversas com diversas autoridades na tentativa de obter autorização para poder atuar com público na Arena Independência, mas em razão de inúmeros trâmites e dificuldades burocráticas, isso não foi possível e o confronto passou a ser direcionado para acontecer no Mineirão.
 
A Caldense indicou o horário de quarta-feira às 21h30 para o duelo, porém a FMF acatou a decisão da Globo Minas, detentora dos direitos de transmissão, e marcou a partida para quarta-feira às 16h30, o que gerou insatisfação da Caldense, justamente por ser um horário que desfavorece a presença de público e, como consequência, aumenta a chance de a receita do jogo apresentar um déficit. Com a falta de alternativas e o tempo passando, a solução foi aceitar mandar o jogo no Mineirão.
 
Pedimos sinceras desculpas a todos os nossos torcedores por não ter sido possível realizar a partida em Poços de Caldas, que era nosso principal desejo, mas infelizmente não houve como. Contamos com a compreensão e apoio de todos, para que torçam pela nossa equipe, enviem energia positiva e nos incentive a conquistar nosso grande objetivo, que é chegar à final do Campeonato Mineiro e brigar mais uma vez pelo título de campeã mineira!

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