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No Dia da Mulher, organizada do Palmeiras ataca presidente Leila Pereira

Torcida criticou empréstimo do Allianz Parque ao São Paulo; organizada insinuou que cessão do estádio não leva em consideração a opinião de apoiadores

08/03/2023 13:28
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Organizada comparou a gestão de Leila a uma monarquia
foto: Reprodução de instagram

Organizada comparou a gestão de Leila a uma monarquia


 
A torcida organizada do Palmeiras fez duras críticas à presidente Leila Pereira neste Dia Internacional da Mulher (8). A Mancha alvi Verde classificou como "afronta" a decisão de ceder o Allianz Parque para o rival São Paulo mandar o jogo contra o Água Santa, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, na segunda-feira (13). 
 

Em fevereiro, o Palmeiras já havia utilizado o Morumbi em partida pela fase de grupos do Paulistão, contra o Santos. Com o aluguel do Allianz Parque, o Verdão não terá de pagar os R$ 250 mil acordados pelo uso do estádio tricolor no clássico.

A decisão da diretoria, entretanto, não agradou à torcida organizada do Palmeiras, que criticou duramente a primeira presidente mulher do clube. 

"As críticas que fizemos até aqui à presidente Leila Pereira refletem visões distintas sobre prioridades de investimento do clube. Mas nenhum equívoco cometido neste primeiro ano de gestão se equipara à inaceitável decisão de ceder o Allianz Parque ao clube que, décadas atrás, tentou tomar a nossa casa. Leila tomou tal medida sem consultar ninguém e, mesmo diante da repercussão negativa entre os palmeirenses, seguiu adiante com um acordo que só é bom para o nosso inimigo", escreveu a organizada em postagem. 

Os torcedores alegaram que a decisão tomada pela presidente só leva em consideração seus interesses pessoais e ignora os alertas feitos por conselheiros do clube. A organizada ainda comparou a gestão de Leila a uma monarquia. 

"Ao longo do último mês, Leila foi alertada dos riscos de tal arranjo, primeiro em uma carta aberta assinada por 34 conselheiros e depois em conversas com inúmeras pessoas influentes e que conhecem a fundo a história do clube. E o que fez a mandatária? Simples: ignorou a sensatez dos que cumpriram o dever de aconselhá-la. Alheia às vozes divergentes, ela segue tomando decisões monocráticas e que parecem atender mais a suas aspirações pessoais do que aos interesses da coletividade palmeirense." 

São Paulo no Allianz Parque


A Mancha ainda indicou que o empréstimo para o São Paulo é prejudicial aos comerciantes e moradores do entorno do estádio alviverde. 

Na terça-feira (7), a ESPN produziu reportagem com a opinião dos proprietários de restaurantes na região, que se dizem apreensivos em relação à partida. Muitos afirmam que não irão abrir na segunda, e outros cobram o prejuízo da gestora do Palmeiras. 

Caso o São Paulo vença e avance às oitavas de final, há a possibilidade de esse jogo também ser sediado no Allianz Parque, visto que o Morumbi continuará alugado para  shows.


Leia nota completa 


"Uma afronta à nossa história!
 
As críticas que fizemos até aqui à presidente Leila Pereira refletem visões distintas sobre prioridades de investimento do clube. Mas nenhum equívoco cometido neste primeiro ano de gestão se equipara à inaceitável decisão de ceder o Allianz Parque ao clube que, décadas atrás, tentou tomar a nossa casa.

Leila tomou tal medida sem consultar ninguém e, mesmo diante da repercussão negativa entre os palmeirenses, seguiu adiante com um acordo que só é bom para o nosso inimigo.

Ao longo do último mês, Leila foi alertada dos riscos de tal arranjo, primeiro em uma carta aberta assinada por 34 conselheiros e depois em conversas com inúmeras pessoas influentes e que conhecem a fundo a história do clube. E o que fez a mandatária? Simples: ignorou a sensatez dos que cumpriram o dever de aconselhá-la.

Alheia às vozes divergentes, ela segue tomando decisões monocráticas e que parecem atender mais a suas aspirações pessoais do que aos interesses da coletividade palmeirense.

O empréstimo do Allianz Parque a um clube inimigo desconsidera uma série de fatores: o entorno do estádio, com a presença de incontáveis sedes de torcida, lojas, bares e estabelecimentos que respiram Palmeiras; o direito de ir e vir dos associados do clube social; e mesmo a segurança dos moradores de um bairro alviverde como nenhum outro.

A revolta entre os palmeirenses é consensual, mas, ao que parece, a mandatária prefere dar ouvidos ao dirigente rival que, há menos de um ano, atuou nos bastidores para tentar impedir que o Palmeiras jogasse em casa a final do Paulistão - lembram-se disso?

A realização desta partida lamentável no Allianz Parque constitui uma afronta à nossa história, aos nossos símbolos e à nossa coletividade. E é uma página tenebrosa a desonrar a memória dos bravos palestrinos da Arrancada Heroica, que protegeram o nosso estádio do ataque inimigo."

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