Perto de completar 22 anos de idade, Kaio vê a ida para o Democrata como uma chance de jogar mais vezes e, quem sabe, ter nova oportunidade no elenco do América durante a Série B.
“É um dos pensamentos, com certeza. Quero fazer um bom campeonato para retornar ao América visando à Série B. Além disso, pretendo ajudar o Democrata coletivamente a fazer uma boa campanha na competição. É um time que retorna à elite do Campeonato Mineiro, da qual jamais deveria ter saído”, afirma o meio-campista ao Superesportes.
Há quase três anos, Kaio assumiu a titularidade no Coelho sob o comando do próprio Givanildo Oliveira. Nas 16 primeiras partidas, marcou quatro gols - três no Estadual e um na Copa do Brasil. Contudo, em virtude de vários problemas físicos relacionados ao crescimento, o jogador ficou parado por muito tempo. Tal situação é considerada por ele como o grande motivo da queda de rendimento na equipe principal.
“Subi ao profissional com 18 anos e carregando esse status (de revelação). Acredito que fiz por onde. Fui eleito revelação do Campeonato Mineiro e ajudei o América na Copa do Brasil. Só que já vinha tendo um problema físico que me atrapalhou várias vezes. Já joguei e fiz gols com dores devido a um crescimento precoce e ao excesso de esforço. Mas não me arrependo”, declara Kaio, que ainda lamenta as poucas chances recebidas.
“Depois tive de ficar fora por conta desse problema e acabei afastado durante um ano. Quando voltei, não tive a mesma sequência e nem muitas oportunidades. Para um atleta de 19 anos até certo ponto é normal essa oscilação. Mas depois que recuperei, foram vários técnicos e poucas oportunidades. Essas oscilações por parte física, falta de oportunidades e rendimento também me atrapalharam”, acrescenta.
Livre de lesões
Kaio Wilker garante que hoje está totalmente livre de problemas físicos. No ano passado, ele participou de três jogos pelo América, dos quais dois eram contra Cruzeiro e Atlético. Diante do Alvinegro, ele deu assistência para um dos gols de Obina e quase deixou a sua marca. Contudo, acabou ficando sem espaço no grupo de Moacir Júnior.
“Já estava 100% no ano passado, mas não podia cobrar porque era opção na maioria das vezes. Ano passado, entrei contra o Cruzeiro sob o comando do Silas. Depois fui titular diante do Atlético com o Moacir. Todos os jogos são importantes, mas o que significa atuar nos clássicos e ser elogiado para depois não ter oportunidades contra equipes inferiores?”, questiona o atleta em tom de desabafo.
“Louco” para jogar, Kaio espera um recomeço na carreira com a camisa do Democrata. “Creio que será muito proveitoso e positivo. Vou me dedicar ao máximo para ajudar o clube dentro de campo e estarei sendo ajudado por voltar a jogar e obter uma sequência. Se Deus quiser, com vitórias!”, finaliza o jovem, que tem contrato com o América até o fim de 2015.