Vôlei
None

VÔLEI

Renovar para fazer valer a tradição

Com reforços que podem levar a equipe de volta ao título nacional, Minas faz festa com a torcida para a apresentação de suas estrelas

postado em 22/10/2015 10:00 / atualizado em 22/10/2015 07:59

JAIR AMARAL / EM DA PRESS
As cartas estão na mesa. O Minas apresentou ontem suas equipes de vôlei para a disputa da Superliga Nacional sob o desafio de se reencontrar com a era dos títulos nacionais. A atmosfera era de otimismo entre jogadores, jogadoras, treinadores (Paulo Cocco, do time feminino, e Neri Tambeiro, do masculino) e dirigentes. Associados e torcedores também participaram da apresentação, pela primeira vez aberta ao público, aos moldes do que ocorre na Europa.

O Minas é um dos clubes mais tradicionais do país. Na disputa masculina é o recordista. São sete conquistas, os tricampeonatos de 84 a 86, quando tinha Pelé, Helder, Henrique Bassi, Cebola, Luiz Alexandre, Elberto e Cacau, e de 2000 a 2002, André Nascimento, Maurício, Douglas Chiarotti e Douglas Cordeiro; e o título de 2007, com Serginho (líbero), André Nascimento, Samuel e Minuzzi. Entre as mulheres os troféus brasileiros são de 1992, ano em que atuavam Hilma, Leila, Ana Paula, Ana Flávia; e 2002, temporada em que a estrela era a romena Cristina Pirv.

No time feminino, as saídas de duas campeãs olímpicas, a ponteira Jaqueline (Pequim’2008 e Londres’2012) e a meio de rede Walewska (Pequim’2008), parece não ter sido sentida, principalmente pelo fato de o clube ter trazido outra medalhista de ouro, a ponteira Tandara (Londres’2012), que só deverá jogar a partir de janeiro – sua filha, Maria Luíza, nasceu há 40 dias. A bebezinha estava presente na quadra, num carrinho, acompanhada da avó.

Estrela da companhia, ela diz estar feliz por ter chegado ao Minas, que tem tudo para brigar pelo título. “Acho que o time foi muito bem montado. Não sou eu quem tenho a responsabilidade, mas todas nós, jogadoras. Cada uma tem a sua parcela de contribuição. Acredito que iremos ter um bom entrosamento e que o tempo dirá que o que está sendo feito é o certo. Quero conquistar títulos aqui.”

Ela não era a única atração. A oposto Rosamaria, melhor da posição na última Superliga, é outra que chega com peso especial. Da Seleção Brasileira, ela foi medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos em Toronto. Ela diz que o time será forte. A avalia que passagem pela equipe comandada por José Roberto Guimarães a fez crescer. “Acho que a Seleção me ajudou de todas as maneiras. Ainda não caiu direito a ficha do que era estar lá. Para mim, foi uma grande surpresa ter sido convocada. Mas estou feliz, não só por ter defendido o Brasil, mas por estar aqui. Sei que vou continuar minha evolução.”

Além da dupla, há destaques da formação do ano passado, como as ponteiras Carla e Mari Paraíba. Esta última também participante do Pan e do Grand Prix pela Seleção Brasileira. Carla foi formada no clube e aposta num conjunto forte. “Acredito que seremos um time difícil de ser batido.”

Há espaço para outras pratas da casa Carol e Naiara, que acabam de se sagrar vice-campeãs mundiais. Ambas estavam visivelmente emocionadas por terem sido integradas ao time principal. As duas confessam que poder jogar ao lado de ídolos como Tandara e Carol Gattaz é uma oportunidade especial.

O técnico Paulo Cocco entende que o clube tem o desafio de fazer valer sua tradição. “O Minas não esteve bem na Superliga 2014. Na última temporada, chegou às semifinais. O time está sendo resgatado. Tem ótimos valores. E queremos encontrar o equilíbrio entre jogadoras novas e as experientes. Esse é o caminho. A base tem sempre de estar presente e aqui vemos isso.”