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SÉRIE D

Racismo deve ir para o STJD

postado em 09/09/2014 11:00 / atualizado em 10/09/2014 12:35

Estado de Minas /

O suposto caso de racismo registrado no confronto Tombense x Operário-MT, domingo, pela Série D do Brasileiro, deve parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Em súmula divulgada ontem pela CBF, o árbitro Antônio Carvalho Schneider relatou as injúrias raciais que o goleiro Igor Lemos, do time mato-grossense, afirma ter sofrido. Por sua reação, o jogador foi expulso. A partida foi vencida pelos mineiros por 2 a 1.

Schneider descreveu no documento a indignação do jogador e o motivo da expulsão. “Aos trinta e sete minutos do primeiro tempo, quando o jogo estava paralisado na altura do meio de campo, o goleiro do Operário, Igor Lemos, saiu de sua meta, vindo em minha direção e de maneira muito exaltada, prolatou as seguintes palavras: ‘Estão me chamando de ‘macaco’. O senhor não vai fazer nada? Estão me chamando de macaco’... Fui alertado pelo assistente João Luiz Albuquerque que o goleiro pegou a bola que estava ao lado de sua meta e chutou violentamente contra a torcida do Tombense. Após receber essa informação, imediatamente expulsei Igor Lemos.”

Em boletim de ocorrência registrado depois da partida, o goleiro justificou o chute como uma forma de mostrar a sua indignação. Segundo o defensor, um torcedor da equipe de Tombos o chamou de “Aranha”, em referência ao goleiro do Santos, vítima recente de racismo, no Sul, durante jogo contra o Grêmio, e de “afrodescendente”. À polícia, o homem identificado como autor da injúria afirma ter chamado o atleta apenas de “frangueiro”.

Punições em casos de insultos raciais ou qualquer outro ato de racismo estão previstas pela CBF. Diante disso, é grande a probabilidade de o Tombense ser denunciado ao STJD pela promotoria. Na semana passada, o tricolor gaúcho foi excluído da Copa do Brasil pelo tribunal por causa das ofensas sofridas pelo goleiro santista.

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