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VILLA NOVA

Villa Nova demite profissionais do futebol e deve encerrar atividades nesta temporada

Sem apoio financeiro da Prefeitura de Nova Lima, Leão deve abdicar da Série D

postado em 09/04/2015 17:24 / atualizado em 09/04/2015 17:53

Divulgação/Villa Nova

Um dos clubes mais tradicionais de Minas Gerais, o Villa Nova deve encerrar as atividades no restante da temporada 2015. Sexto colocado do Campeonato Mineiro e com vaga garantida na Série D do Campeonato Brasileiro, o Leão do Bonfim demitiu integrantes das comissões técnica e médica e, dificilmente, terá tempo e verba para remontar a estrutura do departamento de futebol profissional neste ano. O principal motivo do hiato da agremiação de 107 anos de história, atualmente presidida por Aécio Prates de Araújo, seria o fim do patrocínio da Prefeitura Municipal de Nova Lima.

Após a participação no Estadual, o treinador Welington Fajardo e o auxiliar Cristiano Ramos ficaram sem contrato e deixaram o Villa Nova. Além de jogadores e membros da comissão técnica, com vínculos somente para o período de disputa do Mineiro, funcionários antigos do clube, como roupeiros, massagistas e enfermeiros, acabaram demitidos. Segundo o conselheiro efetivo do clube, Wagner Augusto, os profissionais foram instados a assinar o Aviso Prévio.

“Foi uma demissão em massa. Conversei com pessoas do clube e também da diretoria, e tudo isso foi confirmado. É algo inédito na história do clube. Funcionários antigos, com décadas dedicadas ao clube, saíram. A comissão técnica é normal, ao fim de cada competição, sair ou ser substituída. Mas toda a estrutura do clube? A Prefeitura de Nova Lima repassava uma verba ao clube. Mas, com a economia do país nesta condição, eles alegam que é inviável o repasse desta verba no momento”, comentou o conselheiro, que também é historiador do Villa Nova, em entrevista ao Superesportes.

Wagner Augusto comenta que todo o recurso repassado pela Prefeitura ao Villa foi usado na montagem do elenco para o Campeonato Mineiro. O conselheiro acredita que a probabilidade de o Leão do Bonfim disputar a Série D é mínima, já que a diretoria terá de arcar com despesas trabalhistas dos profissionais demitidos.

“Acho difícil o clube ter condição de jogar a Série D. A diretoria precisa acertar com funcionários de 20 anos de clube. E não tem absolutamente nada em caixa. O dinheiro foi todo gasto no Mineiro e, talvez, com acerto dos jogadores. Teremos uma reunião do conselho para tentar entender o motivo disso. Nós, conselheiros, esperamos uma atitude lúcida da diretoria”, cobrou.

Versão do Villa Nova

Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa do Villa Nova admitiu as dificuldades financeiras, mas não descartou a manutenção do apoio da Prefeitura e a participação na competição nacional - com início previsto para julho. Novos patrocinadores e a captação de recursos para a reestruturação da equipe estariam na pauta. Em relação às demissões, a diretoria alegou que somente os profissionais em fim de contrato deixaram o clube. Atualmente, apenas as categorias de base do Leão estão em atividade.

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