Rafael Arruda
Enviado especial a Juiz de Fora
Ewerton Maradona é conhecido no futebol mineiro. Revelado nas categorias de base do Atlético, em 2001, o baixinho de 1,71m de altura que carrega o sobrenome de um dos maiores craques de todos os tempos rodou por diversas equipes do interior do estado, entre as quais Democrata de Sete Lagoas, Ipatinga, Uberaba e Tupi. Mas foi na Caldense que Ewerton, hoje aos 32 anos, construiu uma identidade mais próxima. É a quinta passagem do meia-atacante pela Veterana, que entra firme na briga para conquistar o título do Campeonato Mineiro depois de liderar a primeira fase, com 25 pontos. Para ser campeão, o time de Poços de Caldas pode jogar por dois empates ou derrota e vitória pela mesma diferença de gols nas duas fases seguintes.
“Minha primeira passagem foi em 2008. Graças a Deus fiz bons trabalhos. Nesses anos, sempre buscamos chegar ao topo”, diz Maradona, ao ser questionado sobre sua identificação com o clube de Poços de Caldas. “Aqui é uma equipe que merecia no mínimo uma Série B de Brasileiro. Pela estrutura, pela cidade, que é boa, pelo que o pessoal nos oferece. Então, como frisei, o trabalho está sendo muito bem feito. A Caldense sempre tem que brigar nas cabeças”, acrescenta o jogador, enaltecendo a estrutura da agremiação do Sul de Minas.
Se boa parte da imprensa e outros entusiastas do futebol ficaram surpresos com a chegada da Caldense à liderança da primeira fase do Estadual, Ewerton Maradona, por sua vez, afirma que sempre acreditou na capacidade do grupo. “Pela equipe que foi formada, sabíamos que brigaríamos. Desde o começo o professor falava que íamos disputar entre os quatro. No decorrer dos jogos, todo mundo viu o que mostramos dentro de campo. Fizemos por onde alcançar a liderança, não foi à toa que ficamos em primeiro”, observa o armador.
Maradona participou de oito das 11 partidas da Caldense na primeira fase do Mineiro, sendo cinco entre os titulares e três na condição de suplente. Ainda não fez gol, porém demonstrou qualidade nas bolas paradas e muita movimentação. Conforme indicado pelo técnico Leonardo Condé no treino dessa quinta-feira em Juiz de Fora, o jogador deve vestir a camisa 10 da equipe diante do Tombense, em Tombos, pela ida das semifinais. Confiante, Everton não abre mão de disputar até mesmo o título. “O campeonato não termina aqui. Temos a possibilidade de avançar à decisão, então buscaremos até o final”, diz.
Além dos anos de 2008 e 2015, Ewerton Maradona defendeu a Caldense nas temporadas de 2009, 2010, 2013 e 2014. Também passou por América, Caniçal-POR, Paulista, CRB-AL, Cuiabá-MT e Guarani-SP. Após rodar o mundo, o atleta indica que pode ajudar o time na Série D do Brasileiro. "Ainda não tivemos nenhuma conversa (para renovar o contrato), mas a Caldense oferece uma grande estrutura. Quem ficar, fará parte de um grupo para subir, que é o que o clube merece", finaliza.
