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COPA VERDE

Brasília quer convocar diretor da CBF

Após perder título no tapetão, clube do DF vai recorrer no STJD

postado em 30/07/2014 11:08

Vítor de Moraes /Correio Braziliense


Campeão em campo e derrotado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Brasília não desistiu do título da Copa Verde. Na noite de segunda-feira, a Primeira Comissão Disciplinar excluiu o colorado do torneio, vencido nos pênaltis, em 21 de abril, no Mané Garrincha, e o título ficou com o Paysandu. Com três dias de prazo para entregar com recurso e tentar reverter a decisão, o clube candango pedirá, desta vez ao Tribunal Pleno, a intimação do diretor de Registro e Transferência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Luiz Gustavo Vieira de Castro.

O diretor se manifestou por meio de ofício, no último dia 16, para explicar o motivo de o nome de quatro jogadores do Brasília (Fernando, Gilmar, Igor e Índio) não ter constado a tempo do Boletim Informativo Diário (BID). A não publicação das prorrogações dos contratos dos atletas antes da decisão da Copa Verde serviu de argumento para o Paysandu recorrer ao tapetão. No entanto, segundo o ofício de Luiz Gustavo de Castro, o erro aconteceu devido a uma reprogramação do sistema de informática da CBF. “Cumpre-nos esclarecer que os quatro jogadores listados na denúncia tiveram as respectivas prorrogações de seus contratos de trabalho regularmente registradas”, escreveu.

Ainda assim, a Primeira Comissão Disciplinar do STJD, por unanimidade, tirou o título do Brasília, que dá vaga na próxima Copa Sul-Americana. “Havia uma determinação para que o diretor de Registro e Transferência da CBF fosse intimado. Mas, por algum equívoco, ele não foi. Vamos pedir que seja ouvido”, adiantou o diretor jurídico do clube do DF, André Andrade. A documentação deve ser entregue ao STJD ainda hoje.

Mesmo se houvesse um problema no BID, o Documento Único de Registro e Transferência (Durt) poderia substituir o boletim eletrônico. O artigo 6º do regulamento específico da Copa Verde sustenta a defesa do Brasília: “Todas as referências ao BID aqui expressas devem considerar o BID-e e/ou o DURT-e conforme trata o Capítulo IV do Regulamento Geral das Competições”.

Na avaliação do advogado do Paysandu, Alberto Maia, o Brasília errou ao não alertar a CBF sobre a falha. “A lei não protege quem dorme. Isso ficou claro quando a CBF confirmou que os jogadores estavam irregulares”, ironizou o defensor, em entrevista ao jornal paraense O Liberal.