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Novo Independência
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Primeiro dono do Independência, Sete de Setembro 'cedeu' estádio após fusão

Clube se fundiu ao América em 97 e deixou atividades ligadas ao futebol profissional

Luiz Martini - Superesportes

| Tags: celular 

Publicação:

10/05/2012 08:30

 

Atualização:

09/05/2012 16:02

O ‘Novo Independência’ foi reaberto todo decorado em detalhes verdes para homenagear o América, a quem pertence o estádio. Mas a história do campo no Horto começa com outras cores em evidência: o vermelho e branco, do Sete de Setembro. O clube fundado em 7 de setembro de 1913 foi o primeiro a ser dono do Indenpendência. Inclusive, o estádio tem essa designação devido ao nome da agremiação coincidir com a data festiva para o Brasil.

Divulgação
Veja escudo do Sete
O historiador Carlos Paiva revela como o terreno se tornou propriedade do Sete. “Antigamente, o espaço no bairro era um lixão. O prefeito da época, Otacílio Negrão de Lima, passou o espaço ao Sete de Setembro por meio de concessão. Ele havia dado mais do que o dobro do valor do estádio para tirar Atlético, Cruzeiro e América da falência. Então, o Independência ficou com o Sete. Quem intermediou a situação foi o Antônio Lunarte, mais conhecido como ‘Barata’. Ele era ligado à Câmara e o Horto era área eleitoral do Otacílio”, disse ao Superesportes.

A inauguração do campo ocorreu em 1950. O estádio foi construído em dois anos para Belo Horizonte receber os duelos da primeira Copa do Mundo no Brasil. Antes de possuir o terreno - que foi concedido antes da construção para a Copa -, o Sete mandava seus jogos no campo da Chácara Negrão, na rua Itajubá.

Sagacidade do Coelho

O América tem registrado em cartório o documento que comprova a propriedade do Independência. Mas, para isso acontecer, o Coelho teve, inicialmente, um contrato de comodato firmado com o estado, em 1989, ajustado por um período de 30 anos e depois prolongado por mais 50. Depois, em 1997, o Alviverde incorporou o Sete de Setembro e, por fim. registrou o bem.

Marcos Vieira/Estado de Minas
Magnus Lívio negociou fusão
Um dos integrantes do conselho gestor do América, Magnus Lívio, que já presidiu o Sete, relembra como o estádio se tornou posse do Alviverde. “Depois que o Hélio Garcia reformou o Independência, no meio da década de 80, havia um contrato de comodato do Sete com a Ademg. Mas o órgão do estado não cumpriu o acordo. O transporte do Sete era de responsabilidade da Ademg. Para você ter uma ideia, houve uma vez que eles mandaram um caminhão-caçamba para levar os jogadores. O fato gerou uma revolta danada”, comentou o dirigente, antes de explicar os moldes da transação.

"Então, nós procuramos o Sete para firmar uma parceria e entrar na Justiça contra o Governo. Mas, à época, tivemos uma reunião com o Newton Cardoso e conseguimos um contrato para gerir o estádio, junto com o Sete, em troca de não entrar com a ação. Como o clube deles tinha dificuldade financeira, a solução foi incorporar o clube ao América. Esse foi o pedido sugerido pelo nosso conselho que deu certo”, frisou Magnus Lívio, que aproveitou para alfinetar os rivais.

“Até por isso, quando Atlético e Cruzeiro viram que o América estava com o estádio eles foram contra. Por isso eles têm essa mágoa do América. Eles achavam que eram times de jogar no Mineirão e menosprezaram o Independência”, finalizou.

Carlos Paiva considera que o Coelho passou a ser o dono efetivo do Independência apenas depois que houve a fusão do Sete, em 1997, já que anteriormente a gestão era compartilhada e havia o comodato.

“O Magnus Lívio enquanto foi presidente incorporou o Sete de Setembro e passou o patrimônio para o América. O conselho deliberativo do Sete foi todo incorporado ao América. Não há como provar o valor passado para o Sete para ocorrer a fusão, mas especula-se que a quantia foi pequena. De acordo com o estatuto do Sete, a própria diretoria do clube fez com que ele acabasse. Ele mesmo se extinguiu”, completou.

Já teve tradição...

Nos registros da Federação Mineira, a última participação do Sete de Setembro num torneio oficial foi na Terceira Divisão de 1997. Depois disso, o Sete tentou voltar ao futebol amador, mas o projeto não evoluiu. O treinador da equipe na ocasião, Jurandir Gama Filho, lembra o período no clube.

“Nós tínhamos um convênio com a UFMG e o América e ficamos dois anos em disputa. Ganhamos a Segunda Divisão em 1997, no Independência, sobre o Fabril, de Lavras. Já no ano seguinte, quando iríamos jogar o outro módulo, a parceria acabou e a equipe foi extinta”, disse.

O Ex-treinador do clube cita alguns jogadores que passaram por lá. “ O mais famoso foi o William, que jogou no Grêmio e no Corinthians. Também teve o Somália, que depois jogou no América", contou.

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