"Em 2006, tive algumas sondagens. Meu melhor momento no Galo foi o primeiro semestre de 2007, quando a gente foi campeão mineiro e foi eliminado da Copa do Brasil, o lance no Tchô que o Simon (árbitro) não marcou o pênalti. A gente tinha muita condição de conquistar um título nacional depois de muito tempo, a Copa do Brasil seria a primeira, o time ainda era muito enxuto, orçamento muito baixo, a gente tinha seis, sete da base como titular. E, naquele momento, recebi algumas sondagens", disse.
Rafael Miranda destaca que Ziza Valadares era um grande apoiador, mas não conseguiu aproveitar a oportunidade de negociá-lo. "E o meu 'azar' é que acho que o Ziza gostava muito de mim, então acho que ele me supervalorizou, me deu uma valorização maior que acho que eu tinha. O que apareceu ele sempre recusava. Por um lado, era um cara que me apoiou muito, que gostava muito de mim, mas que atrapalhou em uma possível venda para eu ter uma ascensão no futebol. Logo depois, tive uma sequência de lesões musculares".
No Atlético, Rafael Miranda participou de 153 jogos (75 vitórias, 37 empates e 41 derrotas), com quatro gols marcados. Ele estreou como profissional em 2003 e ficou até 2009. Depois, passou por Athletico-PR, Marítimo-POR, Bahia, ABC, Ferroviária e Vitória de Guimarães-POR. O Galo acabou não lucrando com a sua venda.
Ele recorda dos times interessados em seu futebol. "Era meu pai que cuidava das minhas coisas. As conversas que eu lembro eram do Anderlecht, da Bélgica, do Rennes, da França, e do Espanyol, de Barcelona. Imagina jogar em Barcelona? Os casos do Diego (goleiro) e do Lima (zagueiro), o passaporte comunitário deles ajudou, acho que isso facilitaria para mim. Ainda assim, as coisas andaram bem, mas o Galo estava pedindo valores fora da realidade".
Hoje, o ex-volante mora em Nova Lima, é sócio de uma construtora e pensa em voltar ao futebol.
Hoje, o ex-volante mora em Nova Lima, é sócio de uma construtora e pensa em voltar ao futebol.