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Ex-Atlético, Dedê lembra duelo com Renato Gaúcho em 1º treino na SeleGalo

Com apenas 15 anos, o ex-lateral esquerdo teve bom desempenho contra um dos astros daquele time em 1994, no primeiro treino no profissional

27/09/2022 09:45 / atualizado em 27/09/2022 11:22
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Dedê contou como foi o começo no Atlético, marcado pelo duelo com Renato Gaúcho
foto: Superesportes

Dedê contou como foi o começo no Atlético, marcado pelo duelo com Renato Gaúcho


O ex-jogador Dedê relembrou o dia em que teve bom desempenho marcando Renato Gaúcho, na SeleGalo de 1994. Detalhe: o ex-lateral do Atlético tinha apenas 15 anos, e esse foi o primeiro treinamento em que ele participou na equipe profissional. 


 
Em participação no Por Onde Anda?, do Superesportes, Dedê contou que completou o treino do técnico Levir Culpi porque outros atletas da posição não estavam disponíveis naquele momento. 
 
"Sempre subi uma categoria para jogar com gente mais velha do que eu. O Levir Culpi foi o cara que me viu, quando eu treinei contra o Renato Gaúcho na SeleGalo. Faltou um lateral, eles me chamaram, e eu subi", relembrou. 
 
Segundo o ex-lateral-esquerdo, a partir do momento em que teve bom desempenho contra um dos astros do clube, o Atlético o começou a tratar de forma diferente, visando um futuro promissor para ele. 
 
"Eu uma miniatura, o Renato Gaúcho daquele tamanho, e eu entrando debaixo da perna dele para tomar a bola. Os caras viram aquela fome. Eu tinha de 14 para 15 anos. Ali eles começaram a me tratar diferente, a comprar uma vitamina, um professor de musculação para me encorpar, porque acreditavam que daria certo", completou Dedê.
 
Hoje técnico do Grêmio, Renato teve grandes passagens como jogador pelo próprio Tricolor Gaúcho, Fluminense e Flamengo, mas frustrou as expectativas no Galo. No clube mineiro, marcou 10 gols em 36 jogos em 1994. 
 
Além de Renato Gaúcho, o Atlético foi ao mercado e montou um elenco cheio de estrelas, como Neto, Luís Carlos Winck, Éder Aleixo e Gaúcho. A expectativa era grande, mas, em campo, a Selegalo frustou a torcida e não conseguiu embalar.
 

Dedê no profissional do Atlético

 
Apesar de ter participado de treinamentos com o profissional tão jovem, Dedê foi receber a primeira oportunidade no time de cima aos 17 anos, em uma partida entre Atlético e Villa Nova, no Independência. A chance surgiu com a ausência dos titulares, que realizavam uma turnê no Japão, em 1996. 

Fotos de Dedê, ex-lateral do Atlético e do Borussia Dortmund


 
"Foi com o Procópio (Cardoso, técnico) , eu lembro até hoje. O Atlético foi para o Japão, fazer uma turnê lá, e tinha o Campeonato Mineiro. Era Atlético x Villa Nova. O (Antônio) Lacerda ficou como treinador do time reserva e me colocou para treinar naquelas duas semanas. Iria jogar outro, porque eu tinha 17 anos, era bem franzino", disse Dedê.  
 
Com a volta dos titulares, a tendência era que o jovem voltasse para a reserva, pois Paulo Roberto Prestes era o dono da lateral-esquerda. No entanto, o ídolo do Galo estava lesionado, e Dedê recebeu mais oportunidades. 

"Eu joguei bem, descia para o junior, subia para o profissional, ia no banco. Em 1996 mesmo que foi minha oportunidade com o Leão, que me firmei. Foi muito rápido, em 1997 fiz o Mineiro, machuquei logo no começo, depois veio o Brasileiro. Era eu e o Vitor nas laterais", lembrou o ex-jogador.
 
Dedê realizou 92 jogos e marcou três gols pelo Atlético entre 1996 e 1998. Neste período, ainda participou das conquistas da Copa Conmebol e da Copa Centenário de Belo Horizonte, ambas em 1997, e ainda foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Campeonato Brasileiro daquele ano. 
 
No meio de 1998, ele foi vendido ao Borussia Dortmund, da Alemanha, clube que defendeu até 2011 e se tornou um dos maiores ídolos da história.

Atualmente, aos 44 anos, ele ainda participa de eventos representando o clube alemão e administra, ao lado dos irmãos, quadras esportivas em Belo Horizonte. 

Por Onde Anda? 

 
O Por Onde Anda? é um quadro quinzenal publicado no Superesportes e no YouTube do Portal UAI. Nele, são entrevistados ex-jogadores e ex-técnicos de América, Atlético e Cruzeiro que estão aposentados ou em mercados alternativos do mundo da bola. 
 
Na entrevista desta semana, Dedê ainda contou histórias com outros ídolos ídolos do Galo, explicou por que não voltou a defender o alvinegro, além de bastidores pelo Dortmund e a idolatria na Alemanha. Veja, no vídeo abaixo, a conversa na íntegra:

Íntegra programada para às 5h


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