Os campeonatos brasileiros das séries A e B mal começaram, mas a especulação já corre solta. Ao final do ano, quantos times de Minas Gerais estarão na principal divisão do futebol? Um? Dois? Três? Nenhum? Será que Cruzeiro, Atlético e América estarão juntos em 2023?
Com poucas rodadas jogadas, é difícil fazer uma previsão. Mas uma boa forma de analisar as possibilidades de cada time é dar uma olhada em portais de apostas de futebol brasileiro, que oferecem uma grande variedade de possibilidades para os usuários se informarem e fazerem apostas. Além de opções como o vencedor de partidas específicas, resultados no intervalo, escanteios e cartões, também há palpites de longo prazo, incluindo os quatro últimos colocados, o artilheiro e, claro, o vencedor do torneio. Segundo a mencionada casa de apostas, os atuais favoritos à conquista são os rivais Flamengo e Atlético, seguidos por Palmeiras, Corinthians e Fluminense.
Então, comecemos pelo óbvio. A probabilidade de o Atlético permanecer na elite é enorme. Na verdade, ele é um dos favoritos a conquistar a taça, o que seria um bicampeonato consecutivo. Só mesmo uma hecatombe apocalíptica nos faz pensar no Galo caindo para a segundona. Assim, é 99% certo de que 2023 terá ao menos um mineiro na competição – e só não é 100% porque futebol é uma caixinha de surpresas.
Vamos olhar o América. Pelo mesmo site de apostas, ele está entre os cotados para ficar entre os quatro últimos – e cair. Pode acontecer, mas, para quem não se lembra, é o mesmo discurso do ano passado, no início do campeonato. No entanto, o Coelho não apenas permaneceu na primeira divisão, como também conseguiu uma vaga inédita para a fase classificatória da Libertadores. E, mais ainda, venceu seus adversários continentais – por vezes de forma dramática – e ingressou na fase de grupos. Já mencionamos que futebol é uma caixinha de surpresas?
É claro que as coisas mudaram – e sempre vão mudar no futebol. O lépido Ademir, que fez sucesso em 2021, trocou de clube. O técnico também já é outro. Mas a boa estrutura do América pode ser um trunfo em um campeonato longo como o Brasileirão. Se não para voltar ao torneio continental, ao menos para permanecer na Série A.
Por fim, temos o Cruzeiro, a grande incógnita. Em seu terceiro ano consecutivo na Série B, há grande esperança que desta vez possa ser diferente e que a Raposa esteja entre os quatro promovidos. O grande impulso com certeza veio através da compra da SAF pelo ídolo Ronaldo Fenômeno, junto com a promessa de aportes milionários. Mas, além do dinheiro, Ronaldo trouxe uma gestão profissional e um técnico bastante estudioso, o uruguaio Paulo Pezzolano. O ex-meio-campista tem feito um bom trabalho, especialmente na formação de uma equipe jovem e competitiva, com análise de mais de 300 jogadores.
A grande questão é como um time com tantos meninos vai se comportar em uma competição longa e, certamente, intensa. Se os resultados não vierem, a pressão da torcida certamente virá. Se isso acontecer, Ronaldo bancará seu técnico? Ou fará como os cartolas, demitindo o treinador para agradar o torcedor? Sem depender de uma eleição para manter seu cargo, ele deve pensar em qual atitude trará o melhor retorno para o investimento que fez.
E para não esquecer ninguém, vale lembrar que a Tombense está disputando a Série B. Então, em teoria, ela pode subir. Nesse cenário, o futebol mineiro poderia ter um recorde de quatro times na elite. Das caixinhas de surpresa, essa seria a maior. Mas por que não?
Sem uma bola de cristal eficiente, é impossível cravar o que vai ser – um, dois, três ou até quatro mineiros na Série A de 2023. Mas, analisando o que cada time tem apresentado, não é absurdo pensar no Cruzeiro subindo, o América ficando e o Atlético ganhando. E, nesse caso, estariam garantidos seis clássicos estaduais na primeira divisão. Com certeza uma alegria para as três torcidas, que poderiam voltar a fazer a festa nos estádios de Belo Horizonte.