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Após atos contra Atlético, Carabobo faz campanha para combater racismo

Manifestação ocorreu dias depois de jogadores do Galo serem recebidos com gritos de "macaco" na chegada ao Estádio Olímpico UCV, em Caracas, na Venezuela

26/02/2023 10:23
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Jogadores do Carabobo e do Deportivo Táchira fizeram manifestação contra o racismo
foto: Reprodução

Jogadores do Carabobo e do Deportivo Táchira fizeram manifestação contra o racismo



O Carabobo entrou em campo neste sábado (25/2) e saiu derrotado para o Deportivo Táchira, por 3 a 1. Antes do jogo, os jogadores das duas equipes fizeram parte de uma campanha contra o racismo. "Juntos dizemos não ao racismo", dizia a faixa.



A manifestação ocorre poucos dias depois de a delegação do Atlético ser vítima de atos racistas promovidos por parte da torcida do clube venezuelano. Antes do empate em 0 a 0, pela Copa Libertadores, os jogadores do Galo foram recebidos com gritos de "macaco" na chegada ao Estádio Olímpico UCV, em Caracas, na Venezuela. 

Naquele mesmo dia, o Carabobo repudiou os atos. "Expressamos nossa condenação a todos os atos de racismo e xenofobia no mundo. Somos firmes no repúdio a eventos que violem os direitos e a dignidade das pessoas, que nada têm a ver com os valores que são promovidos dentro do clube: respeito, garra e coração", publicou o clube venezuelano, nas redes sociais.

As atitudes dos torcedores foram flagradas pelo próprio Atlético e geraram grande revolta nas redes sociais. Antes da partida, o clube alvinegro lamentou os atos

"O Clube Atlético Mineiro repudia veementemente as ofensas racistas e xenofóbicas dirigidas à nossa delegação durante a chegada do time ao estádio Olímpico de Caracas", postou o clube mineiro nas redes sociais.



Pouco depois, o Galo também compartilhou uma foto do diretor de futebol Rodrigo Caetano ao lado de Oscar Astudillo, delegado da partida em Caracas. O clube lamentou que essas cenas "maculem o maior torneio da América Latina".

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) condenou o racismo e disse que é absolutamente inaceitável que esses gestos continuem ocorrendo no futebol-sulamericano.

"A Conmebol considera absolutamente inaceitável qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência em seus torneios. Em maio de 2022, o Conselho da Conmebol modificou o Código Disciplinar, aumentando as penas para atos discriminatórios. O racismo não tem espaço na festa do futebol sul-americano. Basta de racismo!", publicou a entidade nas redes sociais.


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