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Corinthians: como Luxemburgo virou escudo do time e da diretoria em 5 dias

Técnico mata a crise no peito e assume responsabilidade no Corinthians

07/05/2023 06:00 / atualizado em 07/05/2023 00:48
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Luxemburgo assume as rédeas em meio à crise no Corinthians
foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Luxemburgo assume as rédeas em meio à crise no Corinthians

Parecia cena de filme: o portão abriu, e Vanderlei Luxemburgo apareceu sorridente, distribuindo apertos de mão como se o protesto na porta do CT do Corinthians não fosse nada demais. O protagonismo em uma semana tão delicada torna o treinador um escudo valioso para o elenco e a diretoria alvinegros.

Não é por acaso. O presidente Duilio Monteiro Alves já disse mais de uma vez que Luxemburgo foi contratado pela grande experiência que tem em diversas situações do futebol: já ganhou muito, mas também já viveu muitas crises como a atual no Corinthians.

Luxa ganha tempo para mudar o Corinthians


O Corinthians teve quatro técnicos diferentes nos últimos 20 dias e vive seu momento mais complicado na temporada: talvez não dê tempo de arrumar o time a tempo dos jogos decisivos que tem pela frente. Luxa e sua comissão técnica correm contra o tempo, no campo e fora dele, como ficou claro desde a última sexta-feira (5).

O treinador disse em entrevista coletiva que “os jogadores têm que ser abraçados” pela torcida neste momento difícil. O apelo fez as torcidas organizadas cogitarem cancelar o protesto que haviam marcado, mas por fim mantiveram. Na frente do CT, Luxemburgo saiu tranquilamente e conversou com os torcedores à vista de todos, com mais apoio do que cobranças.

Luxa saiu da conversa com as lideranças do protesto com um acordo de paz: dez jogos sem cobranças no CT. Assim ele consegue acalmar a relação com a torcida e ter alguma margem de confiança para partir às mudanças dentro do elenco. No cenário de crise, o tempo já é a primeira vitória.

Duilio e Alessandro são alvos no Corinthians


O protagonismo de Luxemburgo alivia parte da pressão sobre a diretoria alvinegra, que além da má fase no futebol ainda tem uma eleição do clube no horizonte. A gestão já foi abalada com a saída do então diretor Roberto de Andrade, em março, e segue como vidraça. No protesto do último sábado (6), Duilio e o gerente de futebol Alessandro Nunes foram os mais cobrados. 

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