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Cruzeiro terá nova reunião com empresários para tentar pagar salários

Em encontro programado para segunda-feira (18), clube espera viabilizar recursos para colocar todas as folhas de pagamento em dia

Rafael Arruda
Empresários estão dispostos a ajudar no pagamento de salários - Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
Sem acordo na reunião desta sexta-feira, o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, deve se encontrar novamente com empresários na próxima segunda para tentar captar recursos que viabilizem o pagamento de salários atrasados de jogadores e funcionários.



Os parceiros dispostos a ajudar o clube são Pedro Lourenço, do Supermercados BH; Régis Campos, da construtora Emccamp; Aquiles Diniz, ex-sócio do banco Inter; e Paulo Henrique Pentagna Guimarães, da Carbel Auto Group - dona do banco BS2 e da concessionária de veículos Carbel.

Empresários milionários que torcem pelo Cruzeiro

Pedro Lourenço, do Supermercados BH - Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
Régis Campos, da construtora Emccamp - Reprodução/Cruzeiro
Eugênio Mattar, da Localiza - Alexandre Rezende/Nitro/Divulgação
Patrícia Costa e Thiago Costa, da Vilma Alimentos - Cláudio Cunha/Ascom Vilma Alimentos
Emílio Brandi, ex-proprietário da distribuidora de alimentos Nova Safra - Bruno Haddad/Cruzeiro
Paulo Henrique Pentagna Guimarães, do banco BS2 (antigo Bonsucesso) - VIPCOMM
Alexandre Poni, do supermercado Verdemar - Leandro Couri/EM/D.A. Press
Pietro Sportelli, da Aethra - Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press
Bruno Vicintin, ex-dirigente do Cruzeiro e vice-presidente da Rima Industrial - Ramon Lisboa/EM/D.A. Press
Vittorio Medioli, do Grupo Sada - Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Saulo Fróes, da Lokamig - Mari Lemos/Divulgação
Sandro Gonzalez, da Transpes - Cruzeiro/Divulgação
Aquiles Diniz, ex-sócio do Banco Inter - Arquivo pessoal

Em contato com o Superesportes, Régis Campos informou que o pedido de Sérgio Rodrigues nesta sexta-feira foi de R$30 milhões. O clube tem pendências em seis meses de salários de 2020 e 2021, além do transfer ban na Fifa pelo não pagamento a Defensor-URU e Mazatlán-MEX referente às contratações de Arrascaeta e Riascos, em 2015.

Inicialmente, os empresários rechaçaram a operação, porém o diretor-presidente da Emccamp garantiu que haverá solução para que os pagamentos sejam efetuados. Segundo ele, a ideia é quitar ao menos uma folha, na casa de R$2,8 milhões, na próxima semana.



Régis também reiterou que existem empresários dispostos a injetar R$300 milhões no Cruzeiro tão logo o clube se transforme em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Todavia, a prioridade é resolver o problema em curto prazo das remunerações pendentes.

No fim da tarde, Sérgio se pronunciou publicamente sobre a crise de salários atrasados no Cruzeiro, porém não fez nenhuma menção à greve dos jogadores. Ele afirmou estar à espera de novidades na reunião de segunda-feira.

“Em momento algum falta entrega aos nossos atletas. Valorizamos o nosso grupo, nossa conversa foi muito boa e de hoje para amanhã estamos terminando os ajustes para soltar o que foi conversado e falado de tomada de decisão”, disse.



“Segunda-feira espero que a gente saia com alguma coisa mais clara em relação a salários. Foi isso que passei para eles, tenho convicção de que as coisas vão sair bem”, complementou.

Na última quarta-feira, os atletas publicaram carta nas redes sociais na qual afirmavam que não participariam dos treinos enquanto não houvesse solução. “Estamos aqui para dar voz principalmente aos funcionários que têm sofrido com a atual situação”, diz trecho do comunicado.

Sem uma definição efetiva quanto ao retorno dos treinamentos, o Cruzeiro enfrenta o Avaí na próxima sexta-feira, às 21h30, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, pela 31ª rodada da Série B.



Em 11º lugar, com 39 pontos, o time celeste tem 0,15% de chance de acesso, segundo o Departamento de Matemática da UFMG. Por esse objetivo, será preciso ganhar os oito duelos restantes, além de torcer por tropeços de vários clubes.