Paulo Pezzolano deve optar por uma estratégia de mais cautela no clássico
O estilo ofensivo do Cruzeiro que resultou em 19 gols nos nove primeiros jogos da temporada deve dar lugar à cautela no clássico contra o Atlético, às 18h deste domingo, no Mineirão, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. O técnico Paulo Pezzolano admitiu a estratégia de posicionar a equipe “em bloco baixo” diante de um adversário que terá a maior parte da torcida nas arquibancadas e entrará em campo embalado pelas conquistas recentes do Brasileirão e da Copa do Brasil, em 2021, e da Supercopa do Brasil, em 2022.
“Nós cremos em um modelo de jogo. Temos que saber que o Cruzeiro seguirá em construção, ganhando, empatando ou perdendo. Vamos tentar melhorar o que estamos fazendo. Por alguns momentos, a qualidade do outro time vai nos levar a um bloco baixo. É bom saber jogar em bloco baixo também. Por que? Pela normalidade da qualidade do rival”.
Saiba mais
Cruzeiro contrata Rafael Guanaes, ex-técnico do Tombense, como auxiliar
Cruzeiro: Pezzolano comenta chance de Vitor Roque substituir Giovanni
Peso da torcida? Mandante em Atlético x Cruzeiro não perde desde 2018
Coluna do Nicola: valor da SAF do Galo, folha do Cruzeiro e papo com Salum
Clássico de 2022 é o de maior distância entre Atlético e Cruzeiro; entenda
Cruzeiro: Ronaldo revê Atlético 28 anos após gols e dribles no clássico
O protagonista do Atlético é Hulk, autor de 41 gols em 73 jogos desde a sua contratação, em janeiro de 2021, e artilheiro do Brasileirão (19 gols) e da Copa do Brasil (8 gols). O Cruzeiro também terá de ficar atento a outros atletas participativos no setor ofensivo rival, como os atacantes Savarino e Keno, o meia Nacho Fernández e os laterais Guilherme Arana e Mariano.
“O Atlético Mineiro tem jogadores com qualidade europeia, e o Cruzeiro é um time em construção. Não é desculpa, é a realidade. Mas o Cruzeiro deixará tudo em campo e tentará ganhar o jogo”, observou Pezzolano.
Diante das observações a respeito do adversário, que marcou 136 gols em 75 jogos em 2021, qual o caminho do Cruzeiro para conciliar boa estratégia defensiva e busca por finalizaçõesl? No entendimento de Paulo Pezzolano, é saber atacar nas ocasiões em que tiver a bola no pé.
“O Atlético tem muita qualidade individual e temos que estar preparados para o que podemos passar. Quando o adversário tem muita qualidade, não podemos fazer o que queremos. Temos que saber também jogar sem a bola (...). Quando tivermos a bola, é saber atacar para fazer o gol. Queremos seguir crescendo como equipe”.
Pezzolano não estará à beira de campo diante do Atlético, pois tomou cartão vermelho no empate por 2 a 2 com o Villa Nova, em 20 de fevereiro, no Independência, pela oitava rodada. O Cruzeiro será dirigido pelo auxiliar Martín Varini, que orientou o elenco nas vitórias sobre Democrata (1 a 0), no Mineirão, e Tombense (3 a 0), no estádio Almeidão, em Tombos.
O provável time terá Rafael Cabral; Rômulo, Oliveira, Eduardo Brock e Rafael Santos; Willian Oliveira, Filipe Machado e João Paulo; Vitor Roque (Matheus Bidu ou Pedro Castro), Waguininho e Edu. Com os mesmos 19 pontos do Atlético, o Cruzeiro precisa da vitória para recuperar a liderança do Mineiro, já que leva desvantagem no saldo de gols: 13 a 8.