
Este pensamento que vem de dentro dos bastidores do clube foi expressado publicamente pelo presidente Edno Melo através de um post em sua conta no Twitter, onde o mandatário alvirrubro coloca que a necessidade de honrar a história da agremiação.
"Nosso projeto no Náutico tem um propósito: abrir caminho para o futuro do clube. Mas também honrar sua história. Estamos firmes na luta para salvar a sede do Remo, nossa origem. Sempre digo: não adianta procurar culpados, mas tentar encontrar soluções. É isso o que conta!", desabafou.
Procurado sobre a atual situação da penhora do imóvel, que está avaliado em quase R$ 3,3 milhões, o vice-presidente jurídico do clube, Bruno Becker apontou que os advogados do Náutico seguem trabalhando para que a garagem do remo não vá à praça de leilões. Além disso, o dirigente ainda coloca que esta ação movida por Givanildo é apenas uma de inúmeras que colocam o patrimônio do Timbu em risco.
"Temos uma série de penhoras incidindo sobre o imóvel da garagem do remo, sendo a maioria por processo trabalhista e apenas uma outra por processo de execução fiscal. Entre as trabalhistas, está ajuizada a reclamação feita por Givanildo (Oliveira), que recaiu sobre o prédio o levando a leilão em primeira praça agora no dia 20 de julho. Continuamos trabalhando no sentido de evitar que o imóvel vá a leilão, pois uma vez nessa condição, ele pode ser arrematado", explicou à reportagem do Diario de Pernambuco.
Ainda de acordo com o jurista, o clube tem trabalhado sobre os autos de cada processo para evitar o leilão tanto pela intimação realizada devido à ação do treinador quanto pelos outros processos que alienam o bem para pagamento de dívidas. Além disso, ele aponta que o clube vem procurando acordos com os credores de modo a não por em risco o patrimônio do clube.
"Esse trabalho tem duas frentes. Primeiro, judicialmente, quando nós nos debruçamos sobre os autos de cada processo e com isso tentarmos a suspensão do leilão, e a segunda frente é buscar acordos com os credores cujo os processos tiveram a garagem como garantia. Geralmente ninguém arremata por se tratar de um valor maior e sabe-se que na segunda pode haver uma redução de até 50%."
"Quanto a reverter, nós estamos sempre otimistas. Não é a primeira vez que acontece isso, não é a primeira vez que esse bem vai a leilão e em todas as outras nós conseguimos evitar. Acredito que dessa vez não será diferente. Ainda temos 20 dias pela frente e continuamos trabalhando", contou Becker.
Questionado sobre a quantidade de processos impetrados contra o clube na Justiça que solicitam a garagem do remo como garantia, Becker apontou que o Náutico não possui esse número consolidado. "Ainda não temos esse número exato. Pedimos uma certidão atualizada e acredito que até sexta-feira recebamos esse documento e tenhamos esses dados bem destrinchados", estimou.