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CRUZEIRO

Hudson completa um mês fora dos gramados e segue à espera de renovação no Cruzeiro

Diretoria ainda não chegou a um acordo com o São Paulo para manter volante

postado em 28/11/2017 07:00 / atualizado em 27/11/2017 20:47

Juarez Rodriguesl/EM D.A Press
Fora dos gramados há um mês por causa de lesão grau quatro no músculo adutor da coxa direita, o volante Hudson segue à espera de uma resposta concreta por parte da diretoria do Cruzeiro sobre o seu futuro em 2018. O São Paulo, com o qual o atleta tem contrato até dezembro de 2019, fixou a venda de 50% dos direitos econômicos por 1,5 milhão de euros – cerca de R$ 5,7 milhões. Sem dinheiro em caixa para fazer investimentos suntuosos, a diretoria cruzeirense tenta outros caminhos para manter o meio-campista, que teve papel muito importante na conquista da Copa do Brasil ao marcar gols decisivos contra São Paulo (quarta fase) e Grêmio (semifinal), além de converter sua cobrança na disputa por pênaltis contra o Flamengo, na final (vitória por 5 a 3, no Mineirão).

Em várias entrevistas, Hudson já demonstrou que deseja continuar no Cruzeiro para disputar a Copa Libertadores de 2018. O jogador, no entanto, não se opõe a um possível retorno ao São Paulo, onde ganhou projeção nacional ao ser titular por três anos seguidos. Na última semana, o empresário do volante, Luciano Couto, reuniu-se tanto com a cúpula celeste quanto com a diretoria são-paulina. Houve entendimentos com ambas as partes.

Na expectativa de manter Hudson, o Cruzeiro propôs efetuar o pagamento em quatro prestações. O São Paulo até aceita receber a importância financeira de maneira parcelada, mas, inicialmente, mostra-se irredutível com relação ao valor estabelecido em contrato. Haverá novas reuniões entre Itair Machado, futuro vice-presidente de futebol da Raposa, e Vinícius Pinotti, diretor-executivo do São Paulo.
 
Do ponto de vista comercial, Hudson não é considerado tão viável, pois completará 30 anos em janeiro de 2018 e dificilmente daria retorno financeiro ao Cruzeiro – que teria de arcar com três anos de salários e bonificações, além do dinheiro destinado ao São Paulo. Na parte técnica, mostrou-se importante no elenco comandado pelo técnico Mano Menezes, sobretudo pela força física e pelo bom posicionamento para efetuar desarmes. Em 39 partidas na temporada, o volante marcou três gols – todos de cabeça.
 
Saídas
 
Ao mesmo tempo em que pretende manter Hudson e buscar reforços, o Cruzeiro decidirá, depois do Campeonato Brasileiro, quem deixará o elenco. O lateral-direito Rafael Galhardo tem contrato somente até 31 de dezembro e ainda não existe definição uma sobre possível renovação. Há outros atletas com vínculos duradouros, mas que não viveram bom momento técnico em 2017, casos do lateral-direito Lennon (abril/2019), do lateral-esquerdo Bryan (maio/2019), dos meias Elber (dezembro/2018) e Alex (dezembro/2019) e do atacante Rafael Marques (dezembro/2018). Tais situações, no entanto, serão acertadas internamente, conforme indica o técnico Mano Menezes.
 
“Não vamos falar sobre essas questões abertamente em público. Não é correto da minha parte, não é inteligente para o clube fazer isso, é desrespeitoso você chegar aqui e começar a falar: ‘esse não rendeu, então preferimos outro’. Quando tomarmos as decisões, vocês saberão aquilo que nós pensamos sobre cada posição. É assim que vamos trabalhar”.
 
O Cruzeiro já perdeu um jogador do grupo de 2017. O lateral-esquerdo Diogo Barbosa teve 25% dos direitos econômicos vendidos ao Palmeiras por quase R$ 5 milhões. O dinheiro ajudou a atual diretoria a quitar salários atrasados.

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