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TRAGÉDIA EM BRUMADINHO

Levir Culpi, do Atlético, e Mano Menezes, do Cruzeiro, prometem amparo a famílias das vítimas da tragédia de Brumadinho

Técnicos demonstraram desejo de ajudar afetados de alguma forma

postado em 27/01/2019 14:45 / atualizado em 27/01/2019 17:09

Fernando Michel (foto gentilmente cedida ao Estado de Minas/Superesportes)
Os técnicos Levir Culpi, do Atlético, e Mano Menezes, do Cruzeiro, prometeram amparo às famílias das vítimas da tragédia de Brumadinho, ocorrida na sexta-feira. O rompimento da barragem da mineradora Vale no Córrego do Feijão, no município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, deixou dezenas de mortos e centenas de pessoas desaparecidas.


No sábado, o Cruzeiro anunciou a doação de R$ 50 mil a um fundo de amparo aos afetados. Já o Instituto 5 Estrelas, apoiado pelo clube, destinou R$ 20 mil para ajudar as famílias.

Os dois técnicos também cobraram providências das autoridades em função de esse ter sido o segundo ‘desastre’ em Minas Gerais num intervalo de três anos e dois meses. Em novembro de 2015, a barragem de Fundão, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, rompeu-se com 52 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, deixou 19 mortos e causou o maior dano ambiental da história do Brasil.

No Mineirão, Cruzeiro e Atlético empataram por 1 a 1 pela terceira rodada do Mineiro.

Leia, a seguir, os posicionamentos dos dois profissionais:

Levir Culpi, técnico do Atlético
 
”Se houver alguma pessoa, claro que tem um monte de gente que está trabalhando em torno da recuperação de tudo porque realmente é um desastre preocupante. Já é repetitivo. O que nós podemos fazer...eu me coloco à disposição completamente e estou falando em nome de todos do Atlético. Se houve alguma coisa que a gente possa fazer, sabe, sair pela rua procurando ajudar ou angariar fundos, alguma coisa assim, podem contar conosco, acho que é o mínimo que podemos fazer. Se houve alguma outra coisa, eu gostaria que nos procurassem porque vai ser... claro que não é um prazer, mas é uma obrigação nossa, porque foi um negócio muito chato de ver. E logo um clássico em cima. Eu fiquei emocionado no momento de silêncio, mas acho que a gente não pode ficar em silêncio. A gente realmente tem que fazer alguma coisa. Vamos apertar, ver o que aconteceu, porque está acontecendo isso.  E procurar amparar as pessoas que tiveram muitos problemas com esse desastre.”



Mano Menezes, técnico do Cruzeiro
 
”Primeiro, uma preocupação com o descuido de quem tem que cuidar disso. Não é possível que, em três anos, nós tenhamos duas tragédias dessa magnitude e não se toma uma providência para que as pessoas não percam suas vidas em condições com essa. Acho que temos que ser mais rigorosos. Se estamos cuidando, temos que fazer melhor. Não é possível, que é uma coisa desse tamanho, que não vai acontecer da noite para o dia, e aconteça duas vezes num curto espaço de tempo. Segundo, muita tristeza por parte das famílias da gente assistindo, é muito duro assistir isso, você perder familiares nessa condição. Sempre é duro, nessa condição é mais duro ainda. Inclusive a dificuldade de recuperar os corpos das pessoas para fazer um enterro ao menos digno, quando você perde alguém muito querido da sua família. O que a gente pode fazer agora é tentar ajudar, principalmente aqueles que ficaram, numa condição não só de tristeza, mas na condição de ter perdido quase tudo ou tudo que construíram numa vida inteira.”


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