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TOMBENSE

Artilheiro do Mineiro, atacante Rubens sonha com façanha do Tombense sobre o Atlético

Camisa 9 quer ampliar números em 2020 para ajudar time a ganhar título

postado em 26/08/2020 07:30 / atualizado em 25/08/2020 23:48

(Foto: Victor Souza/Tombense)
Rubens é uma das armas do time do Tombense que tentará surpreender o Atlético na final do Campeonato Mineiro. Ele lidera a artilharia do torneio, com seis gols, e só será superado caso algum atleta alvinegro “dispare” na decisão. O jogo de ida será nesta quarta-feira, às 21h30, no Mineirão. O segundo duelo está marcado para domingo, às 16h, também no Gigante da Pampulha.

Além do estadual, Rubens marcou três gols na Série C do Brasileiro, na vitória por 4 a 0 sobre o São José-RS, pela segunda rodada do Grupo B. Com esses números, ele soma nove tentos em 16 partidas (média de 0,56) e vive a melhor temporada da carreira. Em 2019, o atacante de 1,94m também balançou a rede nove vezes, mas em 34 jogos a serviço de Figueirense, Tombense e Joinville (média de 0,26).

Natural de Belo Horizonte, Rubens foi criado no bairro Tupi, na Região Norte da capital, e iniciou a carreira no América, pelo qual se sagrou campeão da Taça BH de Futebol Júnior de 2014, com direito a um gol de cabeça na final diante do Atlético. No time principal do Coelho não conseguiu corresponder às expectativas em torno de seu futebol em meio às poucas oportunidades como titular (começou em 10 dos 29 jogos).

Mais experiente após rodar também por Tupi, CSA, Figueirense e Joinville, o centroavante de 26 anos falou ao Superesportes sobre o sonho de terminar o Mineiro como artilheiro e ajudar o Tombense, que joga por dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols, a conquistar o título inédito. O feito seria uma façanha em razão do investimento de quase R$ 150 milhões em contratações realizado pela diretoria do Galo.

ENTREVISTA COM RUBENS, ARTILHEIRO DO MINEIRO


Dificilmente você será ultrapassado na artilharia do Campeonato Mineiro, já que marcou seis gols - três a mais que Nathan e Savarino, ambos do Atlético. Como vê essa grande chance de encerrar a competição no topo dos goleadores? Tem esperança em balançar a rede nas finais?

“Vou continuar trabalhando firme para, quem sabe, aumentar essa diferença de gols. Não tem nada definido ainda, mas não posso me acomodar. Tenho que continuar trabalhando firme. Se tiver as chances, preciso estar bem preparado para marcar e assegurar de vez essa artilharia”.

O Tombense foi líder do Campeonato Mineiro graças a um gol seu na vitória sobre o Uberlândia. Nas semifinais, passou com certa supremacia pela Caldense. E na decisão contra o Atlético, o que esperar da equipe?

“O que a gente vem sempre apresentando nos jogos: muita entrega, dedicação, obediência tática, uma equipe difícil de sofrer gols. É continuar com a mesma pegada que estamos desde o começo do ano, sempre juntos, sabendo da nossa força. Sem desmerecer o adversário, vamos em busca de fazer dois grandes jogos. Sabemos da força do Atlético, mas, com os pés no chão, como a gente vem fazendo desde o começo, tenho certeza de que temos chance de surpreendê-los”.

Qual o peso para o Tombense jogar por dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols?

“É uma vantagem muito boa, mas não podemos nos acomodar com ela. É ter inteligência e saber jogar. Se não criarmos muitas chances para fazer gol, é se dedicar ao máximo para não levar. É uma vantagem boa, mas nós temos que saber lidar com ela. Pode ser boa até certo momento, não podemos nos acomodar em cima dela. É preciso sabedoria para poder aproveitar da melhor maneira”.

Como é para o Tombense intercalar a Série C com a final do Campeonato Mineiro? De que forma o técnico Eugênio Souza está preparando o elenco?

“Os jogos da Série C ocorrem uma vez por semana. Claro que é desgastante a rotina de viagem, mas eu tenho certeza que vamos chegar inteiros para esses dois jogos da decisão. Vamos chegar bem fisicamente com o trabalho de todo o grupo”.

Se por um lado o Tombense vai jogar duas vezes em Belo Horizonte na final do Campeonato Mineiro, por outro o Atlético não terá o apoio de sua torcida nas finais devido às restrições da pandemia. Nesse caso, o que pesa mais: estar longe do estádio Almeidão, onde vocês já estão habituados, ou ter “campo neutro” nas partidas de ida e volta?

“O apoio da torcida faz muita diferença. Sabemos da força da torcida do Atlético, que joga junto com o time. Isso é um ponto muito positivo para o Tombense (o estádio vazio). Mas acho que perdemos muito não jogando em casa, porque sabemos da nossa força dentro dos domínios”.

Você já vive o ano mais artilheiro da carreira. Traçou uma meta de gols para a temporada?

“Traçar meta de gols eu não costumo traçar. Mas sempre procuro superar ano a ano. Se ano passado fiz um certo número de gols, no próximo quero me superar cada vez mais, e assim sucessivamente. A meta de gols vai ser sempre maior, mas não costumo traçar um número. Os gols vão saindo naturalmente”.

Por que você não conseguiu repetir no time principal do América as mesmas atuações que o colocaram como goleador e grande promessa das categorias de base?

“A maturidade e a experiência dentro de campo têm me ajudado bastante a fazer os gols. E na época em que eu surgi no América, tive pouca sequência como titular. Tive algumas oportunidades sim, mas não aquela sequência para pegar confiança. Acho que faltou um pouco disso na época”.

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