Técnico do Palmeiras ataca: 'Muita gente gosta de ter o Abel na boca'

Quem viu apenas a entrevista coletiva do técnico Abel Ferreira neste domingo (4) não imagina que o Palmeiras tinha acabado de ganhar do Coritiba por 3 a 1, no Allianz Parque, pela nona rodada do Brasileirão. O treinador mostrou irritação em diversas respostas e reclamou da imprensa.

- Eu reparo que muita gente gosta de ter o Abel na boca. No outro jogo os comentaristas já estavam com o Abel na boca - iniciou Abel Ferreira, ao responder uma pergunta sobre seu comportamento à beira do campo.

- Há uma coisa que vocês têm que entender: sou um treinador intenso nas quatro linhas, isso não vai mudar. Quando mudar, eu deixo de ser treinador. Não vai ser comentário nenhum, jornalista, meu pai ou minha mãe vai mudar meu caráter no jogo - acrescentou.

 

 

No último fim de semana, Abel viveu um conflito com a imprensa ao tomar o celular de um jornalista que filmava a discussão do diretor de futebol Anderson Barros com o quarto árbitro do jogo contra o Atlético-MG. Ele recordou o episódio e sugeriu ser "perseguido" pela imprensa.

- Chutei um microfone e parece que matei alguém. Estava num lugar que eu não sabia que tinha jornalista (zona mista do Mineirão), aqui tem jornalista (sala de coletiva do Allianz Parque), com câmeras, lá não tinha nada, daí vejo sindicato... Para respeitar tenho que ser respeitado. Isso é só para quem servir a carapuça: os jornalistas que ofendem não têm o meu respeito. Tem os bons e os maus jornalistas, é como treinadores que tem bons e maus, é como dirigentes que tem bons e maus, é como árbitros que tem bons e maus - disse Abel Ferreira.

 

 

 

Em relação à vitória do Palmeiras sobre o Coritiba, o treinador valorizou a postura dos seus jogadores. O time não deu chances para o lanterna do Brasileirão no Allianz Parque.

- São esses tipos de jogos que metem à prova o caráter da equipe, a seriedade. Às vezes há a tendência de facilitar contra equipes em que o Palmeiras é claramente superior. Se estivesse 2 a 0, um gol dá sempre um aperto emocional aos jogadores. Felizmente fizemos o terceiro. Tinha dito isso aos jogadores no intervalo - afirmou o técnico.