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Minas de olho em Jaqueline

postado em 14/10/2014 08:00 / atualizado em 14/10/2014 08:05

Ivan Drummond /Estado de Minas

AFP
Terminado o Campeonato Mundial Feminino de Vôlei, na Itália, com o Brasil ficando com a medalha de bronze, as atenções se voltam para o destino da ponteira Jaqueline, considerada uma das melhores da equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães. Sem time, uma pergunta: onde ela jogará?. O problema é que, pelo ranking da confederação nacional, ela vale sete pontos (escala máxima na valorização das atletas) e as principais equipes do país já teriam completado a sua cota permitida de contratadas, enquanto outras não teriam recursos financeiros para levar a jogadora. Pois o destino dela pode ser o Minas, já que o Praia, de Uberlândia, também teria estourado a pontuação para contratá-la.

No último fim de semana, ainda na Itália, a jogadora confirmou que não sairá do Brasil, embora tenha recebido propostas para atuar no exterior. Os motivos apontados por ela são o filho, Arthur, de pouco mais de um ano, e o marido, o ponteiro Murilo, que joga no Sesi-SP. “Não suportaria ficar longe dela e do nosso filho”, sinalizou Murilo.

“A única opção pode ser ela sair do país. Mas isso dói até de pensar. Não vamos conseguir ficar longe um do outro, ainda mais com filho pequeno. Eu tenho mais um ano de contrato com o Sesi-SP e isso é preocupante, a não ser que a gente queime a língua”, emendou Murilo.

Mas a solução mineira pode estar a caminho. Já houve um contato entre o Minas e a jogadora, ainda que o desejo de ter Jaqueline no time esbarre num sério problema. “Não temos recursos suficientes para trazê-la agora. Seria preciso um patrocínio extra. Mas o clube está envolvido com isso”, diz a supervisora do vôlei feminino, Patrícia Axer.

O departamento de marketing do clube, segundo Patrícia, foi acionado e já está desenvolvendo um projeto. “O clube ainda tem pontos para completar no novo ranking. Seria, talvez, a melhor possibilidade. Isso sem falar no que representaria vir para cá. Completaria de vez o grupo de jogadoras, que já tem Lia, Walewska e Carol Gattaz. O clube tem interesse”, afirma a dirigente. Ela chega a falar até em reforço para o masculino, embora não seja a sua área. “Já imaginou, ela viria para o feminino e o Murilo para o masculino, até a Olimpíada pelo menos. E ainda tem o fato de que o Minas tem um curso básico que detecta a aptidão da criança. É um ótimo clube para criar um filho”, sugere.

O MTC estuda até mesmo a hipótese de ela ter um patrocinador exclusivo. O clube aceitaria colocar essa marca na camiseta do time somente para ter Jaqueline.

LAMENTO André Lelis, diretor de vôlei do Praia, lamenta o fato de não poder contratar Jaqueline, pelo fato de o clube ter saturado 42 dos 43 pontos permitidos pelo ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). “Seria muito bom se ela pudesse estar aqui com a gente, mas já temos o time e a pontuação completa para a próxima temporada.”

Lelis conta que Tandara vale sete pontos. Além dela, as duas estrangeiras, a oposto cubana Daymiri e a ponteira norte-americana Webster, cinco cada uma; Sassá, também cinco, assim como Ju Costa. Natália, Natasha, Tássia, Juliana e Karine, três cada; e Aline, Camila e Isabela, um. Total, 42 pontos.

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