Vôlei
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RACISMO NO VÔLEI

Caso de racismo com Fabiana é apenas mais um que aconteceu em Minas Gerais

Capitã da Seleção Brasileira e do Sesi foi vítima de racismo em jogo contra o Minas

postado em 28/01/2015 12:45 / atualizado em 28/01/2015 20:38

Alexandre Arruda/CBV

Na noite dessa terça-feira, a meio de rede Fabiana, capitã do Sesi-SP e da Seleção Brasileira, se tornou mais uma vítima de racismo em uma partida de vôlei em Minas Gerais. A atleta, que é natural de Santa Luzia, foi chamada de macaca por um senhor durante a derrota de sua equipe para o Minas na Arena JK. Nesta quarta-feira, a jogadora postou, em seu Instagram, um texto, relatando ter sido chamada de macaca durante a derrota de sua equipe para o Minas, por 3 a 1, na noite desta terça-feira, na Arena JK.

"Vivenciar isso é difícil e duro!Vivenciar isso na minha terra, torna tudo pior! Ontem durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo a partida", publicou Fabiana em suas redes sociais.

Divulgação/CBV
Mas, em um passado recente, outros jogadores foram vítimas de insultos no estado. Em 2012, na derrota do Cruzeiro para o Minas, o oposto Wallace foi vítima de racismo por uma torcedora da equipe minas-tenista na Arena JK. O jogador foi chamado de macaco e ouviu ‘volta para o zoológico’.

Na época, o jogador se mostrou indignado e disse que foi difícil se concentrar no restante da partida. “Falaram "macaco", "volta pro zoológico". O pior foi ter vindo de uma mulher, era o que eu menos esperava. Se fosse um homem, beleza, dava para chegar de frente, bater. Agora, uma mulher... Vai fazer o quê? Isso é coisa de quem não tem respeito por si próprio. É frustrante isso, não dá para aceitar. Isso é gente que não tem família. Querendo ou não, afeta o psicológico. Você fica com aquela coisa de querer saber quem foi durante o jogo inteiro. Quando fui chamado, fiquei procurando, mas aí já não consegui, desfoquei total do jogo. Isso não é desculpa por ter jogado mal depois. Mas, sinceramente, não tive psicológico para levar isso aí”, disse Wallace.
Divulgação/CBV


Homofobia

Um ano antes da injúria racista contra Wallace, um caso de homofobia contra o jogador Michael chocou o país. Na partida do Vôlei Futuro, sua equipe, contra o Cruzeiro, no Ginásio do Riacho, o meio de rede foi chamado de 'bicha' pela torcida celeste, que lotou a arena para a semifinal. A equipe celeste foi multada em R$ 50 mil pelo caso.

“Foi um ato de preconceito, realmente. Estou acostumado com a pressão de torcida, mas nunca com um ginásio inteiro, inclusive mulheres e crianças me chamando de ‘bicha’ o jogo todo”, desabafou Michael, em entrevista ao Lancenet na época.

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