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SUPERLIGA MASCULINA

Montes Claros recebe Cruzeiro no Norte de Minas em jogo que vale a vida para o Pequi

Derrotado em Contagem no primeiro jogo dos playoffs, Montes Claros recebe o Cruzeiro obrigado a vencer para manter o sonho de avançar às semifinais da Superliga

postado em 14/03/2015 08:45 / atualizado em 14/03/2015 08:52

Fredson Souza/Divulgação
Montes Claros – Montes Claros e Cruzeiro se enfrentam hoje, às 12h30, no Poliesportivo Tancredo Neves, na cidade do Norte de Minas, fazendo a segunda partida das quartas de final da Superliga Masculina, com transmissão pelo Sportv. Como venceu o primeiro jogo dos playoffs por 3 a 0, sábado passado,em Contagem, a equipe celeste garante vaga em mais uma semifinal com novo resultado positivo. Ao time da casa, só a vitoria interessa para forçar uma terceira partida e continuar sonhando com a classificação. Para isso, conta com o apoio de sua apaixonada torcida, que promete lotar o caldeirão. Amanhã, o Minas enfrenta o Campinas, às 10h30, na cidade no interior paulista e, se vencer, também já vai assegurar a vaga para a semifinal.

O jogo de hoje revive a disputa de mata-mata da temporada 2009/2010, quando se enfrentaram na semifinal. Naquela ocasião, o Pequi Atômico levou a melhor: venceu a primeira partida em Itabira, então a casa celeste. No segundo confronto, numa partida memorável, perdia por 2 a 0 e, embalado por sua apaixonada torcida, reverteu o placar para 3 a 2 e ficou com a vaga da final, em que foi superado pelo Florianópolis.

As duas equipes vivem momentos distintos. O Cruzeiro tem uma base que joga junta há quatro temporadas e foi a melhor equipe da fase de classificação da Superliga, com 56 pontos. O Montes Claros conta uma equipe renovada, que conseguiu reconquistar o apoio da torcida, depois de uma série de problemas de gestão e de falta de recursos – o projeto do vôlei da cidade chegou a ser desativado em 2012 e foi reiniciado em julho de 2013. O Pequi Atômico ficou em oitavo lugar na primeira da fase da Superliga, com 29 pontos, e a classificação para os playoffs foi comemorada como vitória, tendo em vista as limitações da equipe, que tem o menor orçamento da Superliga.

Alguns dos personagens do duelo de 2009/2010 estarão em ação novamente. Um deles é o levantador Rodriguinho, do Montes Claros, que, na partida decisiva contra o Cruzeiro de quatro anos atrás, entrou em quadra com dengue. “Me sinto muito satisfeito por fazer parte desses dois momentos felizes da história do vôlei de Montes Claros.”

Ele reconhece a força e a superioridade técnica do Cruzeiro. Porém, acredita que, jogando em casa, o Pequi Atômico pode sair vencedor. “Temos que entrar muito focados e a 200%, todo o time”. Além dele, no atual grupo do Pequi Atômico também estão Acácio, Tiago Salsa e Ezinho.

Pelo lado celeste, um dos poucos que estiveram em quadra contra o Montes Claros quatro anos atrás é oposto Wallace, que na segunda partida da semifinal de 2009/2010 foi obrigado a sair da quadra depois de ter fraturado um dedo da mão da direita. Wallace afasta a ideia de revanche e mesmo com seu time apresentando superioridade em relação ao atual grupo do Montes Claros, salienta que a equipe celeste não pode vacilar. “Temos que focar no nosso jogo e vamos tentar a matar a série (de tres jogos) na casa do adversário para evitar a terceira partida. Mas sabemos que não podemos bobear”, afirma.

Discurso semelhante é adotado pelo técnico argentino Marcelo Méndez que, em 2010, já comandava o Cruzeiro, mas é eternamente grato ao time de Montes Claros, que lhe deu a primeira oportunidade no Brasil. “Temos uma equipe muito forte, que tem tudo para ser campeã da Superliga, como é nosso objetivo. Mas eles têm jogadores experientes. Alguns com passagens pela Seleção Brasileira”, afirma o treinador cruzeirense.

Discípulo O atual técnico do Montes Claros, Marcelinho Ramos, também esteve em ação na Superliga 2009/2010, como auxiliar técnico do Cruzeiro. Agora do outro lado, ele reconhece que o adversário é superior do ponto de vista técnico, mas não imbatível. “O Cruzeiro tem um saque muito forte, que confia muito em sua rodada de bola. Não podemos fazer um enfrentamento no mesmo nível deles. O nosso time é mais técnico e temos que saber valorizar isso”, diz Ramos, anunciando que seu time também vai forçar o saque. Ele destaca que o Pequi Atômico confia muito no seu sétimo jogador, que é a torcida. “O apoio é fundamental. Eles nos darão confiança num jogo tão difícil”, assegura.

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