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VÔLEI DE PRAIA

Fora da quadra, Isabel se divide entre as funções de técnica e mãe de jogadores de vôlei de praia

Ex-atleta tem três filhos na disputa da etapa mineira do Circuito Brasileiro

postado em 18/09/2015 12:39 / atualizado em 18/09/2015 12:51

Ivan Drummond/EM/D.A Press
A disputa da etapa mineira do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, em Contagem, onde foram montadas quadras no Parque Linear, em frente ao Shopping Contagem, mostra não só as duplas brasileiras que estarão nos Jogos Olímpicos Rio'2016, Agatha e Bárbara, Larissa e Talita, Alisson e Bruno e Pedro Solberg e Evandro, ou os campeões olímpicos em Atenas'2004, Ricardo e Emanuel. Lá também estão o passado e o presente desse esporte no país, representado pela ex-jogadora Isabel, mãe de três atletas, Carol e Maria Clara, das quais também é técnica, e de Solberg, e é também avó, pois está sempre brincando com o neto, José, de 2 anos, que não para quieto. Mexe com todo mundo, aliás, é o xodó de todos.

Isabel, que foi a musa brasileira na Olimpíada de Moscou'80 no vôlei de quadra, quando ela e Jacqueline eram as melhores do país, foi também protagonista do vôlei de praia. Tão logo parou de jogar na quadra, foi para a areia, assim como a companheira. E nesse meio, acabou carregando consigo os três filhos, situação da qual não se arrepende. Pelo contrário, sente orgulho em poder ser mãe e treinadora.

“Eu não sei dizer o que sinto na verdade, quanto a ser mãe e técnica de duas filhas. É um outro tipo de emoção dirigir as duas. Sofro dobrado, como mãe e técnica, quando elas erram. Mas faço o que posso para ajudá-las a vencer. Na verdade, o objetivo é você e esse você, nosso, é o time todo”, conta.

Quando o assunto se vira para outro filho, Pedro, a emoção aflora. “Olimpíada é sonho para qualquer atleta. Quando criança, sonha de um jeito, adolescente, de outro, e adulto, de outra maneira. Mas no caso do Pedro, sinto um orgulho especial. Não por ele estar na Olimpíada, mas porque tem uma história de superação. Ele foi acusado de doping, por um laboratório, o Lastec. Ele não se dopou. Conseguiu provar isso. Fez exame em outro laboratório. O caso nem foi julgado. Foi uma denúncia irresponsável. Isso foi muito difícil para meu filho, para nossa família. O laboratório errou. Não existe meio-dopado. Ou é ou não é. Pois ele conseguiu superar todo esse problema e seguir como atleta para chegar a uma Olimpíada. Isso me dá muito orgulho.”

E a família seque em frente, rumo a títulos. Os três filhos de Isabel estão classificados às quartas de final da competição em Contagem, que acontecem neste sábado, a partir de 11h. Ela estará na beira da quadra, comandando Carol e Maria Clara. Depois, vai para a arquibancada torcer para Pedro. E junto, certamente, estará o neto. “Quando não estou lá dentro, fico com ele, que é muito divertido.”

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