Minas mostra valentia, mas Cruzeiro emplaca segunda vitória no Estadual

O clássico entre Minas e Cruzeiro esquentou a noite de Mariana, nesta quarta-feira, pela segunda rodada do Campeonato Mineiro de Vôlei. A Raposa, que venceu os minastenistas em outras duas oportunidades na cidade histórica, repetiu o feito e bateu os adversários por 3 sets a 0, com parciais de 29/27, 35/33 e 25/20.|

Apesar do placar zerado, o Minas demonstrou muita valentia em quadra. Desfalcado do levantador Carísio, do líbero Rogerinho, e do oposto Felipe Roque, que defendem a Seleção Brasileira Sub-23, além do oposto Abouba, que disputa a Universíada, e do central Flávio, que se recupera de lesão, a equipe do técnico Nery Tambeiro apostou na juventude. Isso porque metade dos minas-tenistas que estiveram em quadra vieram das categorias de base: casos dos opostos Davy e Erick, do levantador Winck, do ponteiro Honorato e do líbero Maique.

 

Já o Cruzeiro não contou com o central Isac e com o ponteiro Rodriguinho, que defendem a Seleção Brasileira. Mas o camisa 12 celeste esteve bem representado por Éder Levi, que fez uma partida segura. Por outro lado, o levantador Nico Uriarte, que chegou à Raposa nesta temporada, ainda busca um melhor entrosamento. Já na defesa, o argentino se mostrou muito eficiente. Seu reserva imediato, Fernando Cachopa, não viajou a Mariana por estar à disposição da Seleção Brasileira Sub-23.

A vitória deixou o Cruzeiro na liderança isolada do Campeonato Mineiro, com seis pontos. O próximo duelo da Raposa será no Norte de Minas, contra o Montes Claros, no sábado, às 19h30, pela terceira rodada. O Minas terá uma folga maior no calendário, voltando à quadra apenas no dia 11 de setembro, às 19h30, no amistoso com o Bolívar-ARG, novamente em Mariana. Já no Estadual, o próximo compromisso dos minas-tenistas será mais uma vez frente  ao Cruzeiro, no dia 15, às 20h, no Ginásio do Riacho, em Contagem.

O duelo em Mariana começou em alto nível. Pelo lado do Minas, o líbero Maique se destacava. O Cruzeiro só conseguiu abrir dois pontos de vantagem após ace do ponteiro Leal (2/4). A equipe minas-tenista chegou ao empate em função de um erro de ataque do levantador Nico Uriarte e até virou a parcial, mas uma bola fora do central Pétrus fez com que a Raposa ficasse à frente no placar novamente (7/8).

Os erros de saque prevaleceram em certo momento da parcial. Leal, por exemplo, sacou para fora e o Minas, mais uma vez, liderou a parcial em 14/13. A equipe da Rua da Bahia ganhou confiança, sobretudo o bloqueio, e chegou a abrir 16/14. O Cruzeiro também aprimorou o fundamento para deixar o set na igualdade. Mas o ataque da Raposa falhou logo em seguida e os minas-tenistas aproveitaram para abrir três pontos de vantagem.

Na reta final, Uriarte usou Evandro como bola de segurança e o Cruzeiro conseguiu diminuir a diferença para 21/20. O Minas teve vários sets points no fim da parcial, mas a Raposa se destacava com o bloqueio. E foi nesse fundamento que o clube celeste reverteu a desvantagem e esteve perto de fechar o período, mas Leal, em uma sequência de dois pontos, fez 29/27. 

Já no segundo set, que começou abrindo vantagem foi o Minas, após um erro de ataque de Evandro, que tentou uma diagonal curta e acabou ficando na rede (2/4). Os minas-tenistas chegaram a aumentar a diferença para três pontos, depois de um erro de ataque do Cruzeiro - a falta de entrosamento de Uriarte com a equipe celeste ainda era um tabu. A igualdade veio com Evandro, que cravou a bola na quadra adversária (10/10).

Em meio a tantos jovens, o levantador Marlon, de 40 anos, passava toda sua experiência ao Minas, que, após o empate da Raposa, aproveitou os erros do adversário e voltou a abrir vantagem no placar - o bloqueio de Pétrus sobre Leal deixou os minas-tenistas com 18/14 na parcial. Nessa hora, a experiência ajudou o Cruzeiro e Simón apareceu muito bem no meio de rede para diminuir a desvantagem em um ponto.

Erros individuais do Cruzeiro pesaram na reta final da segunda parcial e o Minas aproveitou para fazer 22/19. Mas a Raposa, mais uma vez, buscou o empate. Uma 'guerra tática e emocional' tomou conta da Arena Mariana. A todo momento, os técnicos paralisavam a partida buscando acalmar os ânimos e passando estratégias aos atletas.
 

Assim como na primeira parcial, o duelo teve equilíbrio no fim do set e passou dos 30 pontos. O set só terminou quando Evandro soltou o braço e fechou em 35/33, após 39 minutos de confronto. Antes do término, um susto: Davy invadiu a quadra adversária e Leal acabou pisando no pé do oposto minas-tenistas e torceu o tornozelo esquerdo de maneira leve. Pablo, de 19 anos, substituiu o camisa 9 na reta final do set.

Mas no terceiro set, Leal já estava de volta no Cruzeiro. E diferentemente das primeiras parciais, a Raposa abriu dois pontos de vantagem no início (1/4). Mas logo o Minas buscou a igualdade no placar com o ponteiro Bob, que acertou uma bela diagonal para fazer 7/7. A recepção da equipe celeste funcionou e os jogadores puderam respirar um pouco mais aliviados com a vantagem de 10/13 no placar.

Nery Tambeiro pediu tempo quando o Cruzeiro abriu 12/16 no placar. O técnico do Minas tentava recuperar sua equipe. E deu certo. Os minas-tenistas diminuíram a desvantagem para 16/17, ligando o alerta na quadra celeste. Na reta final, os erros de saque custaram caro para o time da Rua da Bahia. A Raposa aproveitou, abriu distância na parcial e fechou a partida com o capitão Filipe, que explorou o bloqueio adversário, fazendo 25/20 no terceiro set.

MINAS
Marlon, Davy, Pétrus, Elian, Bob e Bisset. Líbero: Maique

Entraram: Honorato, Winck e Erick

Técnico: Nery Tambeiro

CRUZEIRO
Nico Uriarte, Evandro, Filipe, Leal, Simon e Éder Levi. Líbero: Serginho

Entraram: Rômulo e Pablo

Técnico: Marcelo Méndez

Árbitros: Anderson Caçador e Neilor Souza