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SUPERLIGA FEMININA

Mineiras buscam manter a hegemonia na Superliga Feminina de Vôlei

Minas e Praia iniciam arrancada pelo terceiro título seguido para o estado

postado em 12/11/2019 07:01 / atualizado em 12/11/2019 00:08

(Foto: Orlando Bento/Divulgação/Minas)
Começa nesta terça-feira a Superliga Feminina de Vôlei, com as mineiras almejando manter a hegemonia da última temporada, quando decidiram a competição – foi a primeira final entre clubes de Minas de um torneio nacional nessa modalidade. Minas e Praia estreiam fora de casa. O time da capital, atual campeão, enfrenta o Flamengo, vencedor da última Superliga B, às 20h30 (SporTV), no Rio de Janeiro. A equipe do Triângulo Mineiro, vice da última temporada e ganhadora do troféu em 2018, vai ao interior paulista enfrentar o Valinhos, às 20h (Canal Vôlei Brasil).

A força dos times mineiros é demonstrada também pelo apoio do público. A exemplo do torneio masculino, o recorde pertence ao Mineirinho, na final de 2002, quando o Minas bateu o Osasco por 3 a 1, para um público de 21.033 torcedores. Para os ex-jogadores Nalbert e Carlão, hoje comentaristas de vôlei, as duas equipes seguem como favoritas a repetir a final, mas ambos consideram que o Praia Clube está mais forte.

Nalbert aposta numa competição forte. “O Minas, atual campeão, perdeu o treinador, Stefano Lavarini, e duas jogadoras importantes, as ponteiras Natália e Gabi. Não é o mesmo, pois, pra mim, enfraqueceu. Mas segue forte. O Praia está mais encorpado. Se reforçou com a levantadora Claudinha, a meio de rede Walewska, a ponteira Monique e a dominicana Martínez. Vem muito forte. O Sesc-RJ também montou uma boa equipe, assim como têm o Sesi-SP, Osasco-SP e o São Paulo, este comandado pelo técnico José Roberto Guimarães.”

Para Carlão, o Praia chama a sua atenção. “Já era um time forte e se reforçou muito. A chegada da Martínez, por exemplo, cria muitas possibilidades para o técnico Paulo Coco, pois ela joga tanto na ponta como de oposta. Ainda tem Claudinha, Walewska, Monique, Fawcett... A equipe campeã de 2018 foi remontada e reforçada.”

Carlão vê o Minas com menos possibilidades que na temporada passada, quando foi campeão. “São muitas as mudanças, nas pontas e no meio. Mas a principal mudança está no comando técnico, com a saída do Stefano Lavarini e a chegada do Nicola Negro. É um time em reconstrução. Mas tem como detalhe o retorno de Sheilla. É muito importante essa volta da oposta. Torço que reencontre seu melhor ritmo. Ela é importante também para a Olimpíada. O Sesc e Sesi são outros dois times que devem incomodar.”

Expectativa


Há dois anos, Minas Gerais vem dominando o cenário nacional. Em 2018, o Praia foi campeão. Em 2019, o Minas. Além disso, os dois times mineiros decidiram também a Supercopa, vencida pela equipe de Uberlândia. Isso faz com que as jogadoras dos dois times sonhem com um novo título.

A oposta Sheilla, bicampeã olímpica, está de volta às quadras depois de três anos afastada por causa da gravidez. “Quis cuidar delas, por isso não voltei de imediato. Agora, que estão maiorzinhas, já posso jogar novamente. E estou ainda mais feliz, pois elas estarão nos jogos, quando eles não foram muito tarde.”

Evolução, segundo Sheilla, é a palavra que rege o Minas para a competição. “Estou feliz em voltar, em especial no Minas, que foi o primeiro time pelo qual profissionalizei e disputei minha primeira Superliga. Espero começar, eu e o Minas, com a mão direita. O time está crescendo e a expectativa é que essa evolução continue.”

Capitã do time e começando a sexta temporada consecutiva no Minas, a meio de rede Carol Gattaz demonstrou confiança. “O time está se encaixando. Estamos nos adaptando às mudanças bem rapidamente, tanto que estivemos muito melhor na final do Mineiro do que nas duas competições anteriores – Desafio Minas-Rio e Supercopa. Pelo que vejo dos nossos adversários, essa será uma Superliga muito equilibrada. Todas as equipes se renovaram. Será difícil, mas nosso objetivo é brigar pelo título.”

No Praia, a capitã é a meio de rede Walewska, que participou da conquista do título em 2018, saiu uma temporada para defender o Osasco, mas retornou e se considera pé quente. “Ganhamos os três títulos que disputamos, Desafio Minas-Rio, Supercopa e o Mineiro. O Praia Clube já tem uma participação duradoura na competição. Nos últimos anos tem protagonizado finais, com o fortalecimento a cada temporada, tanto da equipe como do projeto. Nós, jogadoras e comissão técnica, não poderíamos almejar menos do que mais uma disputa de final. Essa temporada será uma das mais equilibradas. Com grandes equipes, a Superliga será palco de grandes duelos.”

Também campeã em 2018, a líbero Suelen vê a competição muito equilibrada, mais que nos anos anteriores. “Alguns times tiveram muitas mudanças. Se reforçaram. Todo jogo será como uma final. Estamos preparadas pra isso.”

Primeira rodada da Superliga Feminina


Valinhos x Praia

20h – Canal Vôlei Brasil (pay-per-view)

Flamengo x Minas

20h30 – SporTV

Tags: flamengo minas valinhos praia clube superliga feminina