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Papai Joel deixa Raposa para trás

Derrotado pelo Coxa (2 a 1) no Couto Pereira, time celeste é ultrapassado pelo Bahia e cai para o 15º lugar. Emerson Ávila deixará o cargo e preferido da diretoria é Vanderlei Luxemburgo

postado em 22/09/2011 07:00

O Cruzeiro novamente tropeçou em seus limites e foi derrotado pelo Coritiba por 2 a 1, ontem à noite, no Couto Pereira, em Curitiba. Caiu ainda mais na classificação do Campeonato Brasileiro –  está em 15º lugar –, agora superado por um ponto pelo Bahia, dirigido por seu ex-técnico, o carioca Joel Santana. Ainda corre o risco de terminar a 25ª rodada em 16º, caso o Ceará derrote o Palmeiras em casa. Como consequência imediata, haverá mais uma troca no comando, com a saída de Emerson Ávila. O nome preferido da diretoria é o de Vanderlei Luxemburgo, que balança no Flamengo.

Com o revés, a Raposa completa seis jogos sem vencer e vive um inferno astral, com a zona de rebaixamento se aproximando. Apenas quatro pontos separam a equipe celeste dos quatro últimos. É seu pior momento no Campeonato Brasileiro.

O Cruzeiro tinha alguns indícios de que o jogo seria dramático, pela fase ruim do time, sem força ofensiva (depois de sete partidas os atacantes finalmente voltaram a marcar), jogadas preparadas e falta de confiança. Pior ainda o fato de entrar em campo obrigado a vencer, já que a última vitória foi há quase um mês, quando derrotou o Atlético por 2 a 1, em 28 de agosto, em Sete Lagoas, pela 19ª rodada.

O Coritiba, por sua vez, vinha de empate por 1 a 1 com o Internacional, no Beira-Rio, em Porto Alegre, mas fortalecido pela goleada por 5 a 0 diante do Botafogo, no Couto Pereira. É sabido que o Coxa tem um dos times mais certinhos do Brasileiro. Não está disputando o título, mas tem tudo para obter boa classificação. O sonho é uma das vagas para a Copa Libertadores, depois de ter ficado bem próximo dela na campanha da Copa do Brasil, ao perder o título para o Vasco.

FRAGILIDADES Foi só a bola correr para que esse quadro ficasse bem explícito: as dificuldades do Cruzeiro para jogar, pela falta de entrosamento (foram muitas mudanças na equipe), e o Coritiba, com o apoio da torcida, pressionando e jogando no campo do adversário. Não tardou e surgiu o primeiro gol, marcado por Marcos Aurélio ao aproveitar rebote do goleiro Fábio. Ele chutou com precisão. A bola ainda resvalou em Éverton.

O Coritiba jogava como queria. A prova de sua superioridade estava nas difíceis bolas defendidas por Fábio, enquanto Vanderlei, goleiro do Coritiba, era um espectador privilegiado.

No segundo tempo, o Cruzeiro trocou o lateral-direito Gil Bahia pelo atacante Bobô. Ficou naturalmente mais ofensivo, mas veio logo o segundo gol do Coxa, marcado por Bill, num lance de velocidade. Ele superou Leo e chutou sem defesa para Fábio.

A partir daí, mesmo com Montillo longe da área, já que na frente estavam Élber e Bobô, as principais ações foram da Raposa. Bobô, de cabeça, marcou depois de um escanteio da direita cobrado por Montillo e o time ficou em cima querendo o segundo gol. Mas se expôs e correu o risco também de levar o terceiro. O resultado foi justo.

Apesar de ter sido um placar de certa forma normal pelas circunstâncias, foi mais uma derrota que deixa o Cruzeiro mais abalado. Para o Coritiba, só alegria, afinal, quebrou um tabu de sete anos sem vencer o Cruzeiro – a última vitória havia sido em 2004, por 3 a 0, no Mineirão.