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CONTESTADO

Com borderô de Atlético x Olimpia, Gilvan questiona benefícios concedidos ao rival

Cruzeiro custeia 70% das despesas para jogar no estádio, sem pagar valor de aluguel, e Minas Arena não cobrou o mesmo do Atlético para a disputa da final da Libertadores

postado em 26/07/2013 17:58 / atualizado em 27/07/2013 17:57

Luiz Martini/Superesportes
O clássico de domingo já começou. Se a bola ainda não rolou no gramado do Mineirão, a disputa política esquenta os bastidores. O presidente Gilvan de Pinho Tavares não aprovou a postura da Minas Arena com o seu arquirrival. Para o jogo final da Libertadores, entre Atlético e Olimpia, no Mineirão, a concessionária adotou divisão de valores diferente da acordada com o Cruzeiro. O mandatário celeste garante que o clube terá os mesmos benefícios a partir de agora.

“Temos um contrato de fidelidade e está escrito que nenhum clube sem acordo com a concessionária pode ter condições diferentes. Dividimos 70% das despesas com a Minas Arena, e a partir de agora não faremos mais. Isso não foi cobrado do Atlético na final da Libertadores. Estou com o borderô nas mãos e isso comprova tudo. Cheguei a perguntar antes como seria, pois sabia que as condições eram diferentes, mas eles (Minas Arena) não admitiram. Isso é o documento oficial. Se for preciso, reclamarei com o governador”, disse Gilvan.

Fechado com a concessionária para atuar no Mineirão nos próximos 25 anos, o Cruzeiro não paga aluguel para atuar no Gigante da Pampulha e recebe participações nos bares, além da renda do estacionamento. Porém, arca com 70% das despesas, entre taxas de bilhetagem, limpeza, segurança, profissionais de apoio, água e luz.

O imbróglio ocorreu porque o Atlético não pagou aluguel e ainda não precisou dividir os gastos. Os únicos valores quitados cobrados do Galo foram seguro, impostos (INSS e ISS) e despesas da FMF. O time alvinegro ficou com R$ 8,8 milhões da renda bruta da decisão da Libertadores, que ultrapassou os R$ 14,1 milhões.

Secopa

Por meio de sua assessoria de comunicação, a Secopa respondeu a reclamação celeste. Veja o texto abaixo:

Informamos que a partida final da Taça Libertadores da América, marcada para o Mineirão por determinação da Confederação Sul-Americana de Futebol foi, sem dúvida, um evento de ampla e inequívoca repercussão internacional, além de uma oportunidade singular de promoção do Estado de Minas Gerais e de nosso principal palco para a Copa do Mundo de 2014, junto a milhões de espectadores em vários países.

O Estado entendeu, assim, ser pertinente que uma das datas a que tem direito, por força do Contrato de Concessão Administrativa, fosse a ela dedicada, com base na cláusula 16 deste contrato.

Conforme já comunicado a Minas Arena, esse mesmo princípio será observado pelo Governo sempre que clubes mineiros alcançarem decisões desta magnitude e natureza.