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COPA DO BRASIL

Gilvan ataca Kalil por romper promessa e pedir 10% de ingressos na final da Copa do Brasil

Presidente do Cruzeiro disse que só pediu 10% para não deixar clube prejudicado

postado em 07/11/2014 18:54 / atualizado em 08/11/2014 16:15

Gilmar Laignier /Superesportes , Tiago Mattar /Superesportes

Rodrigo Clemente/EM/D.A. Press
Numa entrevista com tom de revolta, o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, criticou duramente o mandatário do Atlético, Alexandre Kalil, pela decisão de solicitar os 10% de ingressos de visitante no clássico de volta da final da Copa do Brasil, marcado para o dia 26 de novembro, no Mineirão. O cruzeirense considerou ‘ilícita’ a mudança de posicionamento do ‘colega’, que havia prometido, em depoimento no STJD, não mais reivindicar bilhetes para a sua torcida em clássicos por questão de segurança.

Como resposta à decisão do Atlético, o Cruzeiro também solicitou os 10% da carga de ingressos para o jogo de ida da decisão, na próxima quarta-feira, no Independência, mas em sinal de protesto. O desejo do clube celeste era jogar as duas partidas com torcida única.

“Infelizmente (os clássicos terão 10% de torcida visitante). Eu tenho tido uma postura e tenho mantido a minha palavra de que não faria jogo com torcida dividida para que o Cruzeiro não corresse o risco de perder mando de campo, pagar multas imensas e provocar aqueles incidentes horríveis que aconteceram em jogos anteriores. Estive com o presidente do Atlético no STJD e ambos fomos ouvidos, prestamos depoimentos pessoalmente, e ambos garantimos no STJD essa tranquilidade à população mineira e às torcidas dos nossos times que não jogaríamos mais com duas torcidas para evitar incidentes”, disse Gilvan.

O presidente seguiu sua entrevista sem poupar críticas a Kalil e à decisão do Atlético de solicitar os ingressos no Mineirão. “Ontem, eu assisti a uma entrevista do presidente do Atlético na ESPN e ele repetia isso. Hoje tivemos a surpresa de receber a notícia de que ele não ia honrar com sua palavra e ia querer os 10%. Achei isso um desaforo. É alguém querer levar uma vantagem ilícita. Se o Cruzeiro não utilizar os 10% no Independência e o Atlético utilizasse no Mineirão, seriam dois pesos e duas medidas. Estaria faltando com a torcida do Cruzeiro. Então eu tive que exigir também”, explicou o mandatário celeste.

No jogo de ida, o Cruzeiro solicitará uma carga de ingressos diferente da que o Atlético está disposto a ceder no Independência, em torno de 2.000. “Quero 10% do que consta no Regulamento Geral de Competições. A capacidade do estádio é de 23.318 torcedores, então o Cruzeiro quer 2.332 ingressos. Também quero segurança para o nosso torcedor. Conversei com a Polícia Militar e vou pedir uma separação grande entre as torcidas para que não exista confusão. E no Mineirão nós vamos oferecer a mesma garantia. Ambos os clubes vão ter que cumprir”.

Pagamento adiantado

O presidente celeste revelou ainda que exigirá do Atlético a compra integral dos bilhetes que serão cedidos e com pagamento adiantado.

“No jogo passado, o presidente do Atlético me telefonou e me pediu que cedesse os 10% dos ingressos para ele lá no Mineirão e me disse o seguinte 'você sabe que os clubes estão passando dificuldade, e eu não tenho o dinheiro para te adiantar. Você poderia me ceder os 10% dos ingressos, que eu, vendendo, te mando o valor'. Eu falei 'pois não, acredito em você'. E mandei os ingressos. Eles só venderam para a torcida organizada e eles aprontaram aquela bagunça. Pagaram só os que venderam, muito menos do que os 10%, e só venderam meio ingresso”, revelou.

O borderô do último clássico no Mineirão mostra que o Atlético comercializou apenas 2.336 ingressos da carga total de cerca de seis mil, sendo 1.513 de meia-entrada e 823 de inteira.

A decisão da Copa do Brasil entre Galo e Cruzeiro começa na próxima quarta-feira. O primeiro confronto, com mando de campo do Atlético, será no Independência. A partida de volta será dia 26 de novembro, no Mineirão.

Ouça a entrevista de Gilvan de Pinho Tavares na íntegra:


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