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Representantes de Cruzeiro e Caixa fecham dia de conversas sem discutir valores de patrocínio

No início de 2015 haverá outro encontro entre as partes em Brasília

postado em 19/12/2014 17:39 / atualizado em 22/12/2014 17:47

Redação /Superesportes

Imagem obtida pelo Superesportes
O início das conversas entre Cruzeiro e Caixa Econômica Federal ocorreu nesta sexta-feira, em Brasília. Representantes do clube mineiro e do banco estiveram reunidos na capital federal, mas não chegaram a discutir os valores de patrocínio master na camisa celeste.

O superintendente de promoções da Caixa, Gerson Bordignon, explicou à reportagem que o processo é lento, pois primeiro há uma averiguação de documentos e também o banco ainda não sabe qual o orçamento disponível para este segmento no próximo ano.

“Posso falar que tivemos a reunião, mas ainda não tem definição. Foi a primeira que tivemos este ano, agora vamos nos encontrar de novo em janeiro. É o primeiro passo, pois eu não discuto valor com quem não tem a documentação em dia”, disse ao Superesportes.

O Cruzeiro não tem problemas de dívidas com a União, e não deve encontrar empecilhos para chegar a um acordo com a Caixa. Nem mesmo a mudança do ministro da Fazenda para o segundo mandato de Dilma Rousseff e possíveis alterações na gestão do banco devem prejudicar para um acerto entre as partes.

“Não acredito que haja problema por isso. Acontece que os clubes de futebol estão contando com a aprovação que o Senado fez para o pagamento dos tributos com a União. Em relação à Caixa, estamos rediscutindo a participação em vários segmentos para o próximo ano”, completou.

Os representantes da Raposa presentes na reunião foram procurados pela reportagem para comentar as tratativas, mas não atenderam aos telefonemas.



Manobra política


A questão que os clubes esperam, segundo Bordignon, é a sanção da presidente Dilma sobre a Medida Provisória que permite o parcelamento das dívidas dos clubes brasileiros em 240 vezes sem contrapartidas. A manobra foi implantada pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que incluíram uma emenda relacionada aos clubes em um texto que tratava de incentivo fiscais à importação de peças para aerogeradores. O Correio Braziliense fez uma reportagem sobre o tema, conhecido no Congresso como “contrabando legislativo”, e comum na história da casa.

Os clubes que chegaram a um acordo com a União antes da manobra política, tiveram que aceitar condições especiais para estabelecerem o equacionamento das dívidas. Se Dilma Rousseff sancionar a Medida Provisória sem alterações, outras equipes serão beneficiadas sem oferecer nenhuma contrapartida à União. Especula-se que as dívidas fiscais dos clubes brasileiros seja de cerca de R$ 4 bilhões.

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