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COPA LIBERTADORES

Cruzeiro vence Universitario no Mineirão com apoio da torcida e vai às oitavas da Libertadores

Em noite de festa no Mineirão, Willian e Leo fizeram os gols da vitória por 2 a 0

postado em 21/04/2015 22:27 / atualizado em 22/04/2015 16:45

Ramon Lisboa/EM/D. A Press

O Cruzeiro está classificado para as oitavas de final da Copa Libertadores da América. E como líder do Grupo 3. Depois de ser eliminado na semifinal do Campeonato Mineiro diante do rival Atlético, o clube celeste teve de enfrentar manifestações na porta de sua sede administrativa e protestos nas redes sociais. Mas nada como uma boa vitória para acalmar os ânimos e devolver a confiança ao grupo comandado pelo técnico Marcelo Oliveira, atual bicampeão brasileiro. Se a vitória não veio de forma tão brilhante, pelo menos a Raposa mostrou muita raça e amplo domínio sobre o Universitario, na noite desta terça-feira, no Mineirão. O time superou o desgaste físico proporcionado pela falta de descanso – entrou em campo cerca de 50 horas após o clássico – e fez por merecer todos os aplausos. Os gols de Willian, no primeiro tempo, e Leo, na etapa complementar, decretaram a vitória por 2 a 0. Mesmo derrotado, o escrete boliviano também comemora a classificação, já que o Huracán, da Argentina, perdeu por 3 a 0 para o Mineros da Venezuela, fora de casa.

Como a fase de grupos da Copa Libertadores ainda está em andamento, não é possível cravar quem o Cruzeiro terá pela frente nas oitavas de final. Os cruzamentos chegaram a colocar o próprio Universitario no caminho, porém a combinação tende a mudar depois do complemento da última rodada. A chave 3 terminou com a Raposa na liderança, com 11 pontos, seguida de Universitario, 9; Huracán, 6; e Mineros, 4.

Torcida empurra e Raposa busca vaga

Os jogadores do Cruzeiro requisitaram nas entrevistas coletivas de véspera da partida o apoio da torcida. De nada adiantaria se os celestes ficassem irritados ou impacientes diante de uma possível dificuldade da equipe para chegar à área do Universtario. O público atendeu ao pedido. Procurou incentivar bastante, até mesmo em virtude do nervosismo apresentado pelos atletas nos primeiros minutos. Vaias? Somente para o adversário, que armou uma verdadeira retranca. Três zagueiros e dois laterais totalmente recuados. O desinteresse em buscar a vitória era tão grande que na saída de bola o atacante Castro tentou marcar do meio-campo. Os bolivianos apresentaram a proposta de segurar o empate, que lhes valeria a classificação na liderança do Grupo 3.

O Cruzeiro não queria depender do resultado do jogo entre Mineros e Huracán. Por isso, procurou tomar as rédeas desde o início. Aos 10min, a torcida celeste comemorou. Não um lance importante no Mineirão, mas sim no Estádio Cachamay, em Guayana, na Venezuela. Era gol do Mineros. O Gigante da Pampulha foi ao delírio quando soube da notícia. A partir daquele instante, só faltava o gol da Raposa. Afinal de contas, se classificar com vitória seria muito melhor. Aos 14min, Henrique Dourado caiu dentro da área e pediu pênalti, mas a arbitragem afastou os protestos e mandou o lance seguir, para fúria do público. Três minutos depois, Willian não conseguiu alcançar bola cruzada por Mayke. Aos 22min, De Arrascaeta cruzou fechado e Filippetto tirou quase em cima da linha.

Necessitando da vitória para se classificar e assumir a liderança do grupo, o Cruzeiro tinha a posse de bola, mas encontrava muitas dificuldades para derrubar a muralha implantada por Júlio César Baldiveso, técnico do Universitario. A Raposa insistia muito em lançamentos com os laterais Mayke e Mena, quase sempre afastados pela defensiva boliviana. Mas, de tanto tentar, conseguiu marcar. Aos 37min, num cruzamento de Mayke pela direita, a zaga do Universitario falhou e Willian apareceu sozinho para finalizar de dentro da pequena área: 1 a 0. E para completar a festa da torcida cruzeirense antes do intervalo da partida, mais uma ótima notícia da Venezuela: Valoyes fez o segundo do Mineros contra o Huracán.

Um lance chamou atenção nos últimos instantes do primeiro tempo. Os jogadores do Cruzeiro ficaram indignados com o meia Ruben Cuesta, camisa 10 do Universitario, que acertou um soco no rosto do volante Willians depois de disputa de bola na intermediária do campo defesa. Para revolta celeste, o equatoriano Roddy Zambrano Olmedo, árbitro da partida, ignorou o lance e não fez qualquer advertência ao atleta da Bolívia.

AFP PHOTO / DOUGLAS MAGNO

Gol da tranquilidade

O Cruzeiro voltou do intervalo com a mesma formação do primeiro tempo. O Universitario, por sua vez, fez uma substituição: trocou Miguel Suárez por Mauricio Saucedo. Mas a postura defensiva boliviana continuou a mesma: três zagueiros e dois laterais alinhados. A Raposa, com isso, continuou em cima, tentando de alguma forma achar o caminho do segundo gol. Não demorou muito. Aos 11min, Marquinhos bateu escanteio do lado direito e Leo mergulhou de cabeça para ampliar a vantagem: 2 a 0. O camisa 3 chegou ao 16º tento vestindo a camisa celeste e se tornou o segundo zagueiro que mais balançou a rede, ficando atrás somente de Cris, ídolo dos anos 2000, com 25.

Tranquilo na partida com o segundo gol, o Cruzeiro passou a administrar a vantagem. A torcida, em êxtase, continuou fazendo barulho e apoiando os jogadores. Substituídos por Eurico, Gabriel Xavier e Joel, o volante Henrique e os atacantes Willian e Henrique Dourado foram ovacionados ao deixar o gramado. A festa quase aumentou quando Gabriel Xavier protagonizou linda jogada na entrada da área e exigiu grande defesa de Olivares em chute forte. De maneira bastante merecida, o grupo celeste recebeu aplausos e mais aplausos no Gigante da Pampulha. Agora é descansar, corrigir erros nos treinamentos e preparar a equipe rumo ao sonho do tricampeonato da Copa Libertadores da América. A caminhada continua.

CRUZEIRO 2X0 UNIVERSITARIO

CRUZEIRO
Fábio; Mayke, Manoel, Leo e Mena; Willians e Henrique (Eurico, aos 30min do 2ºT); Marquinhos, De Arrascaeta e Willian (Gabriel Xavier, aos 30min do 2ºT); Henrique Dourado (Joel, aos 40min do 2ºT)
Técnico: Marcelo Oliveira

UNIVERSITARIO

Raúl Olivares; Jorge Cuéllar, Ezequiel Filippetto, Federico Silvestre, Ignacio González e Jorge Flores; Rolando Rivera, Ramiro Ballivián (Pablo Baldiveso, aos 35min do 2ºT) e Ruben Cuesta; Miguel Suárez (Maurício Saucedo, no intervalo) e Leonardo Castro (Alejandro Bejarano, aos 30min do 2ºT)
Técnico: Julio César Baldiveso

Gols: Willian, aos 37min do 1ºT; Leo, aos 11min do 2ºT
Cartões amarelos: Leo, aos 34min do 1ºT (CRU); Raúl Olivares, aos 11min, Ignacio González, aos 37min do 1ºT (UNI)
Público pagante: 24.288
Público presente: 25.475
Renda: 874.080,00
Motivo: sexta rodada da Grupo 3 da Copa Libertadores
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Data: terça-feira, 21 de abril de 2015
Árbitro: Roddy Zambrano Olmedo-EQU
Auxiliares: Byron Romero-EQU e Luis Vera-EQU

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