Na última segunda-feira, Castellar revelou na notificação enviada ao Cruzeiro que tem sido abordado nas ruas constantemente por torcedores de maneira ríspida, além de ter tido seu telefone divulgado nas redes sociais por cruzeirenses. Segundo ele, as ameaças sofridas pela sua família oriundas de torcedores são objetos de investigação policial e teriam sido incitadas pelas declarações dos dirigentes do clube celeste.
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“O comportamento do presidente da FMF vai além do torcedor normal; ele viaja frequentemente para ver jogos do Atlético; nas redes sociais, em vários lugares do mundo o mesmo leva bandeira ou vai de camisa do Atlético; o presidente da FMF tem postagens, inclusive, de ironia em relação à torcida e ex-dirigentes do Cruzeiro, como provam as fotos em que coloca um biscoito e outra que tem o ex-técnico do Cruzeiro, Adilson Batista, e os ex-dirigentes Gustavo e Zezé Perrella”, acrescenta o documento enviado pelo Cruzeiro a Castellar Guimarães Neto.
Valdir Barbosa
O gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa, falou sobre o assunto na manhã desta sexta-feira na Toca da Raposa II. Ele revelou que o presidente da FMF pediu a demissão de um funcionário do Cruzeiro por ter sido ofendido em um casamento no último sábado.
"Continuamos indignados com algumas coisas que aconteceram. No domingo, o presidente da FMF pediu a um funcionário que convidasse o Marcone Barbosa (diretor de marketing do Cruzeiro) para que fosse ao camarote, onde ele exigiu que se cancelasse todo o trabalho de marketing programado para aquele jogo. O Marcone mostrou a autorização. Ele aceitou, mas disse que não daria mais nenhuma em todo o seu mandato. Também pediu para que o funcionário Bernardo Mota (responsável pelo programa Sócio do Futebol) fosse demitido por tê-lo chamado de “franga” três vezes. Isso não foi feito nem será feito. A partir de então, o presidente o agrediu mandando-o “tomar no c”. Ao tentar deixar o camarote, nosso diretor foi impedido pelo próprio Castellar. Isso ele não relatou na notificação", afirmou.
"Vamos aguardar o desenrolar dos fatos. Se ele vai prejudicar o Cruzeiro, o tempo dirá. Repito: como pessoa pública, ele terá de responder questionamentos. Todos somos questionados e temos de responder, seja na FMF, no shopping, na rua. Não é jogar o torcedor contra uma pessoa. É o dever do homem público. Não é só o presidente da FMF, mas também o senhor Paulo Bracks, que foi quem falou que o segundo jogo seria sábado. É só pegar as publicações dele nas redes sociais”, acrescentou Valdir Barbosa.
FMF
O Superesportes entrou em contato com o diretor-executivo da FMF, Paulo Bracks, que disse ainda não ter tido acesso à contranotificação do Cruzeiro. Por isso, ele alegou que não pode comentar e informou que, possivelmente, rebaterá as acusações judicialmente.
O presidente da FMF também foi procurado, mas não atendeu as ligações.
Contranotificação do Cruzeiro




