“Que dúvida? O Fábio vai jogar. Ele teve um trauma. Ele teve um confronto com Alex (em treinamento na quinta-feira), mas nada que preocupe”, afirmou o treinador cruzeirense.
Com a presença de Fábio, a escalação do Cruzeiro para enfrentar o Tupi está confirmada. Deivid utilizará o mesmo esquema que era adotado por Mano Menezes na reta final do último Campeonato Brasileiro.
“Só voltamos a jogar do jeito do ano passado, quando o time encaixou. Gosto de conversar com os atletas sobre como gostam de jogar. Sempre gosto de conversar para deixá-los à vontade. São eles que jogam. Temos uma ideia, mas, às vezes, não conseguimos colocar em prática. Jogamos com quatro atacantes e o time não se encaixou, porque os quatro não recompunham como achávamos que seria. Achamos melhor voltar com a formação que jogávamos”, observou.
“Buraco” no meio-campo
Com formação mais ofensiva, o Cruzeiro encontrou dificuldades no início desta temporada. Na estreia na Primeira Liga, a equipe empatou com o Criciúma, em Santa Catarina (1 a 1). Outro empate, diante da URT, mas no Mineirão, aconteceu na estreia no Campeonato Mineiro (0 a 0). A primeira vitória veio diante do Tombense, com uma virada no segundo tempo, em jogo disputado em Muriaé (2 a 1).
Deivid apontou um “buraco” no meio-campo como a causa de problemas apresentados pela formação adotada no início desta temporada. “O que tem me incomodado é forma de deixar buraco no 4-2-3-1. Eles não estavam recompondo e deixavam buraco no meio. No Cruzeiro, você tem de propor o jogo, mas atacar equilibrado. Os times teoricamente pequenos jogavam do meio para trás, saíam no contra-ataque e não conseguíamos marcar. Com essa formação que vamos jogar, que era a do ano passado, ficamos mais protegidos”, explicou.
“Não são três volantes”
Contra o Tupi, o time celeste entrará em campo com Fábio; Mayke, Dedé, Manoel e Fabrício; Henrique, Marcos Vinícius e Ariel Cabral; Sánchez Miño, Alisson e Rafael Silva. Nessa formação, Marcos Vinícius atuará pelo lado direito, enquanto Sánchez Miño será posicionado pelo centro, na armação de jogadas.
Embora Marcos Vinícius tenha posicionamento mais recuado, Deivid negou que esteja utilizando um trio de volantes. “Na verdade, não são três volantes. Marcos Vinícius e Ariel são meias. Sem a bola, eles têm de recompor. Estou achando a melhor forma de jogar. No Cruzeiro, você tem de propor o jogo. Temos sempre de atacar, mas com equilíbrio, para não ser surpreendido como foi contra o Tombense”, analisou.
Questionado sobre o esquema tático, Deivid ressaltou que haverá variações. “Depende. Você pode voltar no 4-1-4-1 ou jogar no 4-3-3. Depende da forma como eles estiverem em campo. Depende da leitura do jogador, mas temos treinado no 4-3-3”, disse.