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Willian admite incômodo por jejum de gols e diz que Cruzeiro está devendo bom futebol em 2016

Uma das lideranças da equipe, atacante espera boa apresentação contra o América

postado em 25/02/2016 08:00 / atualizado em 25/02/2016 17:03

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Artilheiro do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 2015, com 11 gols, Willian ainda não balançou a rede em 2016. Contando o amistoso contra o Rio Branco-ES, vencido pelo time celeste por 2 a 0, são quatro jogos em branco do camisa 9, desfalque em três partidas na temporada por causa de lesão muscular na coxa esquerda. Perguntado a respeito da “seca” de gols, Willian admitiu incômodo, mas evitou fazer pressão sobre si mesmo e disse que pode contribuir de outras maneiras.

“É claro que incomoda, não tenha dúvidas. Mas, ao mesmo tempo em que me cobro, não fico apavorado, pois sei da minha importância e liderança na equipe. Quando as coisas não estão boas, a responsabilidade cai para o meu lado, do Fábio, do Dedé, do Henrique, etc. Se não faço gol, às vezes ajudo num passe, numa assistência ou até mesmo em orientação”.

Desde julho de 2013 na Toca da Raposa II, Willian foi peça importante nos títulos do Campeonato Brasileiro de 2013 e 2014 e do Mineiro de 2014. Em 141 jogos, marcou 33 gols e deu 23 assistências. Os números de respeito do atacante o tornam uma das referências do grupo cruzeirense. “Fico feliz com essa liderança. É legal ver essa confiança depositada em nós. O Fábio, o Dedé, o Bruno Rodrigo, o Leo, o Henrique, enfim. Essa turma sempre dá bom exemplo tanto dentro quanto fora de campo”, destacou o “Bigode”, dividindo a “pressão” com outros colegas veteranos de casa.

É justamente o papel importante ocupado por Willian no grupo que o credencia a opinar sobre o momento instável vivido pelo Cruzeiro em 2016. Apesar da vice-liderança no Campeonato Mineiro, com 10 pontos em quatro partidas, a equipe não mostrou futebol envolvente contra adversários de menor expressão. Na Primeira Liga, empatou com o Criciúma na estreia (1 a 1) e perdeu para o Fluminense na segunda rodada (4 a 3), ficando bem distante da vaga na semifinal. Sincero nas palavras, Willian ressaltou que o jogo de domingo, às 17 horas, contra o América, no Mineirão, será uma grande oportunidade para o clube contornar as críticas e voltar a dar alegrias à torcida.

“Não estamos devendo apenas gols, mas também bom futebol. Menos mal que a vitória ainda ocorre e só estamos atrás (do Atlético) no saldo (de gols). Mas nos cobramos bastante para construirmos mais, finalizarmos mais. Domingo é oportunidade de apresentar bom futebol, trazer o torcedor ao nosso lado. Que eles apostem no time, pois a gente precisa do apoio do torcedor”, avaliou. “Acho que o jogo contra o América servirá para a gente fazer um jogo diferente. Para mostrar para nós mesmos que somos capazes, que temos equipe forte. E para o torcedor ver essa atitude dentro de campo. Sabemos da qualidade do América, um time muito bem organizado pelo Givanildo Oliveira nos dois últimos anos. Então precisamos de vontade para marcar, atacar e matar o jogo”, acrescentou.

Diante do América, o Cruzeiro defenderá não apenas a vice-liderança do Estadual, mas também um tabu de quase 14 anos sem perder do rival no Mineirão. O último tropeço ocorreu em 19 de maio de 2002, quando o armador Tucho marcou o único gol do Coelho pelo Supercampeonato Mineiro. De lá para cá foram 11 partidas no Gigante da Pampulha, com sete vitórias celestes e quatro empates.

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