Cruzeiro
None

CRUZEIRO

Cruzeiro tenta resgatar brilho no Paraguai, onde consagrou apelido de La Bestia Negra

Clube celeste foi protagonista internacional na década de 1990 e recebeu apelido pela imprensa sul-americana; nesta quarta o rival será o Nacional

postado em 10/05/2017 11:20 / atualizado em 10/05/2017 11:41

REPRODUÇÃO
O Cruzeiro entra em campo na noite desta quarta-feira, às 19h15, contra o Nacional no estádio Defensores del Chaco, no Paraguai, pela Copa Sul-Americana. Além de tentar esquecer a perda do Estadual para o maior rival no último fim de semana, o clube celeste busca resgatar seu brilho internacional no país onde consagrou o apelido “La Bestia Negra”, motivo de orgulho de muitos torcedores.

Protagonista no cenário internacional na década de 1990, quando venceu seis títulos de competições da Conmebol, o Cruzeiro de hoje está distante do status que tinha, já que a última glória fora do Brasil ocorreu em 1998, a Recopa Sul-Americana. No passado, a Raposa construiu uma imagem de uma equipe quase imbatível e, por isso, ficou conhecida como “La Bestia Negra”.

O termo, em uma tradução semântica, é comparado a ‘monstro negro’, ou ‘asa negra’ no Brasil. O primeiro registro que se tem notícia ocorreu no Paraguai, conforme explicou ao Superesportes, o pesquisador da história do clube, Henrique Ribeiro, autor do Almanaque do Cruzeiro, em entrevista em 2011 (clique aqui e lei a entrevista).

La Bestia Negra” ganhou grande aceitação e foi adotada pela torcida do Cruzeiro. Quando o termo é digitado na página de busca Google, os resultados encontrados remetem ao clube celeste. Virou até letra de música: “Dizem que somos loucos da cabeça/Amamos o Cruzeiro, é o que interessa/O mundo inteiro teme la 'Bestia Negra'/Seremos campeões e não se esqueça”, diz trecho da canção “Nós somos loucos, somos Cruzeiro”.
 
AP Photo/Walter Astrada
A imprensa paraguaia consagrou o termo por causa das grandes exibições do Cruzeiro contra os clubes daquele país. Em 1989, a Raposa enfrentou o Olímpia, pela Supercopa, com a necessidade de reverter um resultado adverso de dois gols. Sob forte chuva, o Cruzeiro venceu por 3 a 0 no Mineirão.

Rivais históricos, Cruzeiro e Olimpia voltaram a se enfrentar em 1991, 1992, 1994 e 1995. Em 1994, quando se enfrentaram de novo pela Supercopa, o time paraguaio novamente venceu o primeiro jogo por 2 a 0. Mas o Cruzeiro emplacou 4 a 0 na segunda partida, eliminando o Olímpia pela quarta vez consecutiva de uma competição internacional e selando a fama celeste de time copeiro. Por isso, o termo “La Bestia Negra” ganhou muita força.

De modo geral, o Cruzeiro ostenta grande vantagem em partidas contra equipes do Paraguai. Em 25 embates, foram 16 vitórias azuis, sete empates e apenas duas derrotas. São 52 gols marcados e 23 sofridos.

Vale ressaltar que a imprensa chilena é a que mais alimenta esse apelido, utilizando-o sempre que o clube celeste volta ao país andino. Muitos torcedores, inclusive, acreditam que o termo nasceu em Santiago, embora não haja confirmação disso pelos historiadores do clube.

Nesta quarta-feira, o Cruzeiro enfrenta o Nacional para confirmar a grande hegemonia celeste contra os clubes paraguaios. Será, também, a tentativa de resgatar o prestígio internacional, momento ideal para o ressurgimento da “Bestia Negra”.

Tags: La Bestia Negra cruzeiro paraguai conmebol chile internacional