Sport está sonhando com a liderança

Regularidade é uma palavra muito utilizada pelos treinadores ao comentar um campeonato de pontos corridos, como as séries as A e B. Ser regular não significa vencer sempre, afinal, a história mostra poucos exemplos de campanhas que beiram a perfeição. Ser regular é ter uma trajetória linear. É estabelecer sequências positivas e não se abalar se algum tropeço acontecer. O Sport do início da Segundona não seguiu essa fórmula. O time oscilou demais.

Foi preciso uma reação para trazer de volta o equilíbrio ao Sport: quatro vitórias nos últimos quatro jogos. Hoje, às 21h50, contra o América-MG, na Arena Independência, em Minas Gerais, o Leão vai em busca da quinta. Um resultado que pode levá-lo à liderança do campeonato. Claro, para isso depende de resultados negativos da líder Chapecoense e do vice Palmeiras. Perguntar ao técnico Marcelo Martelotte se a liderança está nos planos neste momento, no entanto, é perder tempo. A resposta está engatilhada e é repetida a cada vez que a situação volta à tona. É sempre o mesmo “o que importa é o próximo jogo”.

As quatro vitórias conquistadas após a parada para a Copa das Confederações reequilibraram o Sport na tabela. O time que vinha oscilando nas seis primeiras rodadas, hoje, pode dizer que alcançou a regularidade. Os 21 pontos conquistados já são o melhor início de Série B do Leão na história da competição. A recompensa é a presença no G4 e a possibilidade de chegar na liderança. Engrenou um ritmo e, agora, tem a missão de mantê-lo. Tem que ser regular.

Responsabilidade

Após dez rodadas, Martelotte já vê um desenho para o fim simbólico do primeiro turno da Série B. Equipes que começam a se desgarrar na parte de cima da tabela. Os prováveis candidatos ao acesso, ou seja, os adversários diretos do Sport. O América-MG, com 15 pontos, na sétima colocação estaria no limite. “Hoje, com dez rodadas disputadas, até o América-MG estão os times em condições de brigar pela G4. Claro que pode ter uma reação de um ou outro, mas qualquer diferença maior que a atual para o oitavo colocado está difícil de tirar”, analisou o treinador.

Diante de um adversário direto, então, a responsabilidade é maior. É a possibilidade de pontuar e tirar pontos de alguém que pode vir incomodar na tabela. O fato de o América-MG ter um jogo a menos – teve um duelo contra a Chapecoense adiado – o faz ser um oponente ainda mais perigoso. “Eles podem encostar na gente, além de ser um adversário forte, de tradição. Então é um jogo de seis pontos. Se pudermos fazer com que eles fiquem mais atrás melhor”, atestou o zagueiro Pereira.

Adversário

O América-MG escapou da derrota para o Boa Esporte na rodada passada nos minutos finais. Saiu de campo com o empate em 1 a 1. O principal destaque da equipe, o meia Rodriguinho, é alvo de times da Série A. Ontem, surgiu o interesse do Santos na contratação do jogador. Não há nada confirmado ainda e o atleta está escalado para a partida contra o Sport. A única mudança no time é o retorno do lateral direito Leandro Silva, que cumpriu suspensão na rodada passada.