Clássico vai indicar o segundo finalista: na bola, nos cartões ou na bolinha

E como será, para o narrador, narrar? Qual o grito soltar? De gol? De classificado? E quando será? A quem abraçar? Como ironizar os adversários? Como se defender da ironia dos adversários? A quem reclamar? A quem culpar?

Guarde as perguntas. Torça para que não sejam necessárias. Para que, por volta das 18h deste domingo, você, alvirrubro ou tricolor, esteja feliz com a classificação do seu time à final do Campeonato Pernambucano. Conquistada nos 90 minutos, nos acréscimos. Torça até para estar triste. Por uma eliminação causada pelo mérito do rival. Nos 90 minutos. Não nos cartões, não na bolinha no globo. Torça para que o futebol indique o classificado à final.

Sendo o Náutico, que faça renascer o poderio do melhor ataque da competição, em má fase há algum tempo. Que vença por dois gols de diferença ou mais. Por sorte, o técnico Silas pensa assim. Confirmou a escalação novamente com três volantes e três atacantes (a única mudança em relação ao último jogo é o retorno de Elicarlos). Um time ofensivo e pronto para buscar a vitória. “Tenho visto os jogos deles e procurado buracos, brechas e situações onde possamos furar este bloqueio. Uma hora vamos conseguir”, disse.

Sendo o Santa Cruz, que o tricolor confirme o sentimento de favoritismo deixado pelas duas recentes e incontestáveis vitórias sobre Timbu. Por sorte, o técnico Marcelo Martelotte quer isso. Marcar o Náutico no campo todo. Não dar espaços e vencer. “Não adianta ficar correndo, marcando de um em um. Vamos marcar por setor. Priorizei a marcação desde o campo de ataque para dificultar a saída de bola deles”, afirmou o treinador.

Num cenário tão favorável a um grande jogo, um grande clássico, o azar fica por conta da possibilidade. De ver o árbitro Gilberto Castro Júnior, por volta das 18h, encerrar o clássico sem festa nas arquibancadas. Nem do Náutico, nem do Santa Cruz. Mas dar início a uma série questionamentos que certamente serão perpetuados na história. Para azar do futebol.

Saiba mais

Gilberto Castro no PE2013
Dos oito jogos apitados por Gilberto Castro Júnior, um deles foi um clássico: o Santa Cruz 2 x 2 Sport, no Arruda. Aplicou oito cartões amarelos, sendo cinco para o Sport, três para o Santa.

8 jogos

49 amarelos

7 vermelhos

6,1 média de amarelos por jogo

0,8 média de expulsão por jogo