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CLÁSSICO

Árbitro, troca de farpas, vetos: semana quente antecede Cruzeiro x Atlético

O jogo nem começou, mas os bastidores ficaram agitados entre dirigentes

postado em 31/03/2017 19:17 / atualizado em 31/03/2017 19:52

O “amor” acabou? Após protagonizarem momento exemplar de união por conta da realização do clássico com torcida dividida em fevereiro, pela Primeira Liga, Atlético e Cruzeiro se renderam a velhas polêmicas. Clubes, arbitragem e Federação Mineira de Futebol (FMF) trocaram farpas e esquentaram o clima entre torcedores na semana que antecede a partida.

A bola rola a partir das 16h deste sábado, no Mineirão. Para a tabela classificação, o jogo da 10ª rodada do Campeonato Mineiro vale pouco. Afinal, os dois times já estão garantidos na semifinal. Mesmo assim, o clássico promete.

Enquanto o jogo não começa, relembre os principais momentos da agitada semana nos bastidores do futebol do estado.

Pede para sair

Daniel Teobaldo/Cruzeiro

O clássico começou durante Uberlândia 2 x 2 Cruzeiro. Isso mesmo. Por conta do “histórico” e da atuação polêmica de Ricardo Marques Ribeiro no jogo, o Atlético enviou, na terça-feira, pedido à FMF para que o árbitro fosse afastado do Campeonato Mineiro.

A Federação negou o pedido, mas Ricardo Marques sequer esteve no sorteio para o clássico. Curiosamente, ele é o único árbitro mineiro do quadro da Fifa. O responsável pelo apito neste sábado será Igor Junio Benevenuto.

Proibições

Juarez Rodrigues/EM

A tradicional reunião para o clássico foi mais quente que o normal. Na tarde de terça-feira, a FMF foi palco de reivindicações do Cruzeiro. O clube proibiu a entrada de instrumentos musicais, bandeiras e faixas no setor do Mineirão que receberá a torcida do Atlético.

A diretoria celeste também solicitou a não entrada em campo de torcedores mirins do clube alvinegro ao lado dos atletas antes do início do jogo. A mascote do Atlético foi vetada.

O clube alvinegro enviou pedido à FMF para reverter a decisão. O Cruzeiro, por sua vez, seguiu o cabo de guerra e também direcionou documento à Federação reforçando as proibições.

Vendas tumultuadas

Ramon Lisboa/EM

As polêmicas não se restringiram aos dirigentes. Nessa quinta-feira, torcedores do Atlético “invadiram” a bilheteria Norte do Mineirão.

O tumulto, em parte, se deveu a exigências do Cruzeiro para a comercialização de meia-entrada, de acordo com a assessoria do clube. A situação foi contornada por seguranças particulares e pela Polícia Militar.

Lado alvinegro

Em meio às polêmicas, dois dirigentes assumiram papéis de protagonismo. Do lado do Atlético, o diretor jurídico Lásaro Cândido usou o Twitter para criticar cruzeirenses.

No dia do jogo entre Cruzeiro e Uberlândia, Lásaro provocou o técnico Mano Menezes.

Momentos após a reunião que teria definido determinados vetos, o diretor criticou a postura cruzeirense.


Lado celeste

Leando Couri/EM

Em coletiva de imprensa, Bruno Vicintin defendeu os interesses do Cruzeiro em meio à polêmica. O vice de futebol alegou que o clube prefere clássicos com torcida dividida e aproveitou para justificar os vetos feitos na reunião.

“Até na diplomacia existe o princípio da reciprocidade. Essas picuinhas não ganham jogo, mas o Cruzeiro tem direito a usar o princípio da reciprocidade, até em respeito à nossa torcida. A torcida do Cruzeiro sofre muito no Independência, um estádio que a própria Polícia Militar já disse que não tem condições de receber jogos grandes. Essas coisas no clássico de proibição de mascote, bandeira e instrumentos foram criadas pelo nosso rival. Então estamos fazendo reciprocidade”, disse.

Vetos aos vetos

Reprodução/FMF

A Federação Mineira de Futebol negou o pedido do Cruzeiro pela proibição da entrada de crianças com o time do Atlético no gramado do Mineirão. A entidade também “vetou o veto” do clube celeste a instrumentos musicais, bandeiras e faixas alvinegras.

Cruzeiro repudia

As decisões da FMF geraram revolta na diretoria do Cruzeiro. O clube divulgou nota oficial em que critica a entidade e a classifica como “parcial”. O presidente da Federação, Castellar Neto, também foi duramente questionado.

“Qualquer incidente que ocorra no estádio, em função dos desmandos da Federação Mineira de Futebol, será atribuído exclusivamente ao Senhor Castellar Neto e à FMF”, diz a nota cruzeirense.

Vamos para o jogo


Depois de tanta polêmica, a hora agora é de ver a bola rolar. Para você, quem levará a melhor? Vote!

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